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Seguindo os passos da SKT, paiN tem um elenco que vai além dos 5 jogadores

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A coluna desta semana está saindo um pouco atrasada, mas o assunto de hoje é simplesmente o plantel de jogadores que Gabriel “Mit” Souza conseguiu para a paiN Gaming em 2017.

Mit, Coach da paiN Gaming. Foto: Riot Games Brasil

Em 2016 a paiN sofreu, e muito, por não ter um suporte reserva para o primeiro split. Precisando de utilizar Matheus “Picoca” Tavares como suporte de Felipe “brTT” Gonçalves. Além disso, o time precisou jogar com TheFoxz e brTT no mesmo time quando Matheus “Mylon” Borges sofreu com a punição de duas semanas por ter feito um gesto obsceno na transmissão.

A falta de ter um elenco além dos cinco jogadores fez com que a paiN, o maior time de e-Sport do Brasil, precisasse jogar o série de promoção, o famoso relegation. O time precisou provar que merecia estar no CBLOL. A paiN jogou, ganhou, mas foi algo que a sua torcida não esperava e muito menos merecia.

No segundo split o time já pensou mais a frente. Contratando César “jUc” Barbosa e Rodrigo “Taeyeon” Panisa. Na época, a grande polêmica foi brTT estar na reserva da paiN Gaming. O Coach Mit comentou ao Mais e-Sports que a rotatividade em esportes competitivos sempre foi algo bom e que ele desejava trazer isto para a paiN Gaming.

Taeyeon, a melhor contratação da paiN Gaming

Antigamente, Taeyeon era conhecido por uma coisa: ser um cara que joga MUITO, mas MUITO League of Legends. Em suas milhares de partida, Taeyeon já jogou com e contra todos os campeões diversas vezes.

Todas estas partidas fizeram com que Taeyeon se tornasse um cara muito bom mecanicamente e que tivesse uma grande facilidade em jogar em diversas rotas diferentes. Gustavo “Minerva” Queiroz é outro jogador que consegue isto, já atuou em quatro roles diferentes no competitivo. Taeyeon agora vai para a sua terceira.

Foto: Riot Games Brasil

Perguntei para o jogador porque ele virou jungler e a resposta foi: “Comecei jogando Jungle na soloQ e com o passar dos jogos acabei gostando bastante, e também pelo fato de não ter muitos junglers no Brasil então pensei comigo mesmo ”Porque não?”

Taeyeon acertou algo em cheio, a jungle é a role menos desenvolvida no Brasil. Sabendo de seu potencial, ele enxergou a oportunidade de crescer rapidamente em uma role que vem sendo dominava por Revolta há um bom tempo.

Ter um jungler reserva, é de longe a melhor possibilidade dentro do League of Legends. O jungler é um dos jogadores que tem o maior stress mental durante séries longas. Fora isso, ter um jungler ao lado do Coach estudando o jungler inimigo durante uma série é algo fantástico. Não importa se é MD2, MD3 ou MD5.

Taeyeon pode simplesmente ficar ao lado de Mit conversando e comentando sobre as ações do jungler adversário. Ele pode passar informações para o SirTulio como também entrar na série sabendo exatamente o que fazer para impressionar seu inimigo.

Durante o Mundial deste ano, vimos a SKT fazendo isso em diversos momentos. O Coach Kkoma sentava ao lado de Bengi e estudava o Jungler inimigo, na partida entre SKT e ROX Tigers, Bengi entrou na quarta partida com mais informações de Peanut e sem todo o stress de ter jogado três longos jogos seguidos.

Perguntei para Mit se ele enxergava Taeyeon e SirTulio como Blank e Bengi. Ele respondeu: “Acredito que a ideia entre Tulio e Tay siga uma lógica parecida porém diferente. Tayeon e um jogador que busca bastante conhecimento assim como o Thulio. Isso é benéfico pra ambos. A tendência é que eu possa ter esse auxilio de fora do jogo pois vejo a jungle como ponto forte entre coach e time.”

Leia: Desculpe o transtorno, preciso falar do Bengi

Rakin vs Kami

Rafael “Rakin” Knitell jogou pela primeira vez no CBLOL em 2016. O jogador ganhou bastante destaque pelo seu estilo agressivo dentro de Summoner’s Rift. Porém, Rakin ainda era muito menos experiente que os outros 7 mid laners da competição.

A paiN resolveu apostar na revelação da Big Gods e trouxe Rakin para dentro de seu plantel. De fato, Kami tem muito mais experiência e conhecimento de jogo que Rakin. Kami atua desde a época que nem tínhamos um cenário competitivo de fato. Mesmo assim, Rakin é um jogador que começa a se destacar cada vez mais individualmente. O jogador vem crescendo e melhorando com o tempo.

Foto: PaiN Gaming

Em 2015, a SKT trouxe para o mundo a sua estratégia que envolvia Faker e Easyhoon. O time revesava os dois jogadores, Easyhoon conseguia trazer um estilo diferente de jogo do Faker e ao mesmo tempo, fazia com que durante séries de MD3 e MD5, Faker ficasse apenas de fora estudando o seu adversário, caso fosse necessário, Faker entraria como uma incógnita na partida e tendo muito mais informação do mid laner inimigo.

No desafio dos invocadores ficou claro como Rakin e Kami conversavam entre si durante o intervalo das partidas. Rakin não entrou, mas estava presente. Ele estava analisando a partida e fornecendo o máximo de informações para o seu companheiro de equipe.

Leia: Rakin admite, a camisa pesa

Mudou um jogador, mudou o time inteiro

Quando um time tem um plantel que vai além de 5 jogadores o time adversário precisa estar muito mais preparado que o normal.

A SKT desde 2015 vem utilizando isso, quando Easyhoon jogava, Bang tinha mais recursos e causava mais dano que o normal. Caso Faker fosse o mid laner atuando, o time passava a girar mais em torno dele. Neste ano vimos Blank e Bengi fazendo algo bem semelhante.

Durante séries, o coach pode identificar falhas no time inimigo e utilizar de seus reservas para poder puni-las. Fora isso, em situações onde o jogador não está apto a atuar, ter reservas à altura é algo super importante.

Parabéns para a paiN Gaming por estar cultivando isto no Brasil.

 

 

 

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Eric Teixeira
publicado em 8 de dezembro de 2016, editado há 7 anos

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