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Técnico da INTZ, Maestro opina sobre possibilidade de 10 times no CBLOL

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No último domingo (16), a série de acesso ao CBLoL surpreendeu os espectadores com a disputa entre paiN, vinda do Desafiante, e INTZ, 7º lugar no campeonato, pela última vaga na primeira divisão. A INTZ venceu a série por 3 a 0 e permanece no torneio em 2019.

Após os jogos, o técnico da INTZ, Lucas “Maestro” Pierre, comentou em entrevista ao Mais e-Sports os erros da equipe, a campanha no CBLOL e a importância da disputa PAINTZ em uma série de acesso, além de ideias de mudanças no formato do campeonato para as próximas temporadas. Confira:

Qual é o primeiro sentimento de se manter no CBLOL?

Maestro: É um sentimento de alívio, e eu diria que de dever cumprido também. Algumas pessoas podem entender isso mal, mas eu acho que o dever de todos os times é tentar jogar bem, seu máximo, tentar tirar o máximo dos jogadores, e eu acho que nesse sentido cumprimos o nosso dever. Em relação a resultado, ficamos abaixo do que esperávamos e do que o torcedor esperava. Mas o sentimento é de alivio, tranquilidade e de que podemos finalmente sentar e perceber o que aconteceu.

INTZ e-Sports reunida antes da disputa da série de acesso do CBLOL (Foto: Divulgação/Riot Games Brasil)

Vocês jogaram contra a paiN, e PAINTZ é o mais próximo de clássico que temos no cenário brasileiro. Como foi jogar essa série contra eles?

Maestro: Tinha muita coisa em jogo contra a paiN hoje. Sei que os analistas de plantão vão falar que é o antigo time de não sei quem contra o antigo time de não sei quem, e eu sei que os próprios jogadores têm uma história por trás, então tinha muita coisa em jogo hoje, mas isso não foi o foco. Tentamos eliminar a pressão de cima dos jogadores pra que eles viessem sem pressão nenhuma, pensando que seria só mais uma série, nos motivando a competir e jogar bem. Eu acho que para o cenário mostra que temos uma inconstância, nem sempre os times considerados grandes conseguem um bom resultado, e cabe aos próprios grandes times repensarem essas coisas e verem os processos que estão causando essa inconstância. Essa é a maior lição que tiramos dessa série.

Ainda falando disso, vimos dois gigantes do cenário disputando a vaga no CBLOL, um em 7º lugar (INTZ) e o outro em 2º no Desafiante (paiN). Nesse contexto, como você avalia a ideia de ter 10 times no CBLOL?

Maestro: Eu acredito que hoje, como já vemos em outros países, 10 times é uma quantia bem considerável, suficiente, não precisa de mais que isso. 10 é um bom número, fecha bem não só para os times e para a competição, mas para os investidores. Dá a possibilidade às marcas de investir em times de meio, topo e baixo de tabela, por exemplo. Está mais do que na hora de aumentar o número de times, colocar um novo formato, dar uma remexida… A gente tem tido muita qualidade no CBLOL, esse ano houve muitos times mudando de estrutura: nós, a Team One, a KaBuM, por exemplo. Por isso, agora estamos finalmente começando a nos preparar para ter 10 times no cblol.

O nível de jogo aparente do 1º e 2º lugar do CBLOL na final era muito diferente dos jogos deste final de semana, na série de promoção e acesso. Como você acredita que uma mudança dessa influenciaria no nível de jogo do cenário brasileiro?

Maestro: Eu acho que um time ter o nível de jogo diferente do outro não impede que haja 10 times, porque o mais importante dentro da quantidade de times é a estrutura e preparação. Se você pegar o sistema de franquias, por exemplo, que ta se instalando nos EUA, Europa e China, você vai ver que tem times tradicionais que sempre estão no topo da tabela, mas também que muitos times que nunca estiveram estão começando a brigar lá em cima, justamente pelo fato de todos terem mais chance e mais investimento. Então eu acho que não podemos pensar só por esse lado de nível de jogo, eu acho que não existe isso no Brasil, porque se temos times pequenos ganhando e times grandes caindo, não tem essa diferença de nível tão grande por mais de um split. O mais importante é que a estrutura cresça como um todo.

Você consegue dar um panorama do que a INTZ deve melhorar para que, na próxima temporada, o time se mantenha no CBLOL sem tanto sufoco?

Maestro: Eu acho que as grandes mudanças virão do aprendizado que tivemos esse ano. Temos um bom elenco, insisto que temos um ótimo elenco e que temos que trabalhar melhor esses meninos. Agora, temos uma boa estrutura, uma boa organização, então a principal mudança que deve ocorrer é como colocaremos esse aprendizado em prática. Consertar todos esses problemas que tivemos no split, como faltar alguma coisa ou não ter algum jogador focado, sinergia de grupo, são alguns pontos que podemos trabalhar no nosso grupo, mas sempre sentando com calma e discutindo.

Veja também: paiN Gaming anuncia desligamento de jUc

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Evelyn Mackus
publicado em 21 de setembro de 2018, editado há 6 anos

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