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Overwatch: O Brasil tem chance lá fora? – Análise do Overwatch Atlantic Showdown!

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É chegada a hora! O Atlantic Showdown, traduzido como Duelo do Atântico, vai começar! Os seis melhores times das regiões de Overwatch Contenders atlânticas – América do Norte Leste e Oeste, América do Sul e Europa – se enfrentarão a partir dessa sexta-feira, 31 de maio, em uma chave de eliminação dupla para saber quem é o rei do Overwatch Ocidental!
Dito isso, quais são as reais chances brasileiras? Quem são os oponentes? Qual o tamanho do desafio para a Lowkey? Sem mais delongas, partiu mergulhar no assunto e analisar tudo isso!

• Os oponentes

Fusion University

Equipe campeã da região Norte Americana do Leste, perdeu somente uma série durante a temporada regular. E, acredite ou não, esta foi o pior retrospecto do time considerando todas as temporadas de Contenders existentes até agora! Isso porquê a equipe ganhou absolutamente todas as seasons em 2018 e, mesmo que mudanças de elenco tenham ocorrido, alguns jogadores permanecem no plantel e continuam dando medo nos oponentes.
Vale lembrar que, assim como todos os outros times participantes do Atlantic Showdown – exceto Angry Titans e Lowkey -, a Fusion University é uma equipe Academy da Overwatch League, ou seja: possui contato direto com seu time principal, treina com ele algumas vezes e possui auxílio em geral, fazendo com que, em teoria, a equipe evolua mais rapidamente.
Em geral, a FUni, como é carinhosamente apelidada, é uma das maiores pedras no sapato de todos os outros times no torneio. Snillo, DPS do time, já jogou na Overwatch League e permanece em contrato com a Philadelphia Fusion, podendo assumir caso alguém tenha um revertério.
Além disso, Alarm, BERNAR, ChangSik e Na1st, os ótimos jogadores coreanos da FUni, agora estarão na mesma latência do restante da equipe e poderão ser ainda mais efetivos dentro de jogo. Inclusive, vale muito a pena ficar de olho em todos. Habilidade individual é o que não falta!

Finalmente, se é que há algum ponto fraco na FUni, este pode ser a posição de Tanque Principal. ChangSik era o titular absoluto porém, provavelmente por razões de comunicação, Beasthalo, que é americano, chegou como reforço e foi utilizado algumas vezes. Porém, durante a fase final da Contenders NA East, que deu a vaga à FUni, foi ChangSik que (re)assumiu a titularidade, então… Como esse pagode será resolvido? Veremos!

Team Envy

Academy da Dallas Fuel, invicto durante a temporada 1 de 2019 da Contenders NA Oeste. Quer mais? Recentemente, Trill, tanque principal do time, foi contratado pela própria Dallas Fuel para atuar na Overwatch League. E, inclusive, é aqui que foi revelado McGravy, que passou pela Mayhem durante esta temporada de OWL e, após trocas e mudanças bisonhas no time, acabou indo parar na Valiant.
Entretanto, justamente por estar sem seu tanque principal, a Envy pode passar de uma das equipes mais cascudas do torneio para um time possível de ser batido ao se explorar as feridas em aberto – sinergia e tanque principal novo. Principalmente no meta atual, que permanece praticamente em composições de GOATS tanto nas regiões NA quanto – e principalmente – na Europa.

Cabe a SharP, que jogou pela seleção de Overwatch da Suécia em 2018, Crimzo, que atuou pelo Canadá na Copa do ano passado, e ELLIVOTE, offtank que tem tido performances importantes, a missão de integrar Stand1 ao time o quanto antes e fazer com que os competidores possam invejar sua equipe de gigantes novamente!
Aliás, falando em Stand1, ele é coreano, tanque principal da NRG, que perdeu justamente para a Envy nos playoffs dessa temporada de Contenders. Pelo jeito impressionou o time rival – que hoje é aliado, enquanto rola o Atlantic Shodown – e, a partir disso, foi chamado pra completar. Agora, a comunicação… como diria o poeta brasileiro, eu não agarantcho!

Atlanta Academy

Foi a 3ª colocada durante a Temporada Regular do NA Oeste, deixou o coração do torcedor apreensivo ao ficar em segundo lugar nos playoffs – perdendo para a Team Envy na finalíssima -, e, finalmente, assegurou sua vaga no Atlantic Showdown ao derrotar o segundo lugar do NA Leste, Gladiators Legion, por 4 a 0 em uma série somente para definir o participante a ir pra Alemanha. Justamente pelo caminho complicado, aos trancos e barrancos, muitos apontam a ATL Academy como um dos times mais fracos do torneio. Porém, é impossível subestimar o elenco, principalmente nomes como Hawk, Gator, FunnyAstro e berd.
O primeiro, apontado por Insanityz – técnico da Lowkey – como um jogador diferenciado na posição de offtank, pode ser aquela D.Va que engole supremas, chega na retaguarda quando seu time menos espera e não parar de encher o saco do adversário. O segundo foi o tanque principal da equipe chamada GOATS, que deu origem à composição mais forte e mais utilizada há 1 ano no nível profissional de jogo. Já os últimos dois nomes destacados, a dupla de suportes da ATL Academy, tem se mostrado altamente eficiente e importante nas partidas, sendo que já foi anunciado o contrato Two-Way de FunnyAstro, jogador principalmente de Lúcio, que está apto, então, a participar da OWL caso a Atlanta Reign precise!

Angry Titans

Os campeões da Europa e responsáveis pela queda dos favoritos em sua região! E, como disse anteriormente: Um dos dois times do Atlantic Showdown que não são equipes Academy de Overwatch League!
Baseada em um elenco principal forte e que tá junto há muito tempo – desde 2017, pra ser mais preciso -, os Titãs Pistolas chegam ao torneio com um bom nível de favoritismo. Não só pelos bons nomes no roster mas pela utilização consistente de composições de três tanques e três suportes, que é especialmente conhecida na Europa por conta de seu histórico muito familiar e íntimo com composições recheadas de tanques. Aliás, uma das primeiras composições que abusavam da presença de múltiplos tanques foi criada pela Ninjas in Pyjamas, em 2017, exatamente na região europeia. Quem lembra do Quad Tank e a bola de demolição gigantesca que acontecia quando essa estratégia estava em jogo? Atualmente ainda conseguimos ver um pouco dessa tática, mas aparece em situações extremamente específicas, como na defesa avançada do primeiro ponto de Junkertown.

As estrelas do time, com certeza, são: Spectr9l, LullSiSH e eMIL, respectivamente, DPS, Tanque Principal e Offtank da equipe.
Você se lembra de um tal de ONIGOD? Que apanhou pro Brasil na Copa do Mundo do ano passado? Então… é o Spectr9l! Deve ter mudado de nick depois da surra internacional. Porém, deixando a zoeira de lado, não se pode subestimar o DPS que assume o posto de Zarya da equipe e pode dar muito trabalho. Além dele, a dupla de tanques, conforme destacado, é bastante forte, experiente e coordenada, o que faz muita diferença na hora de jogar aquela 3-3 encaixadinha. E vale menção honrosa ao duo Erki – Brigitte – e Phatt – Lúcio -, quem são capazes de criar jogadinhas conjuntas muito eficazes pra deslocar o Reinhardt adversária e abrir brechas na falange de escudos do inimigo!

British Hurricane

Uma história muito louca de reviravoltas durante 2018, incluindo até mesmo passagem pela Contenders Trials, que resultou no primeiro lugar invicto na Fase Regular da Temporada 1 de Contenders 2019 EU! Favorito na Europa, o time caiu na final pra Angry Titans, que citei logo acima, mas isso não quer dizer a equipe é fichinha. Muito pelo contrário.
Sendo a Academy da London Spitfire, o time já revelou nomes como Kyb – Guangzhou Charge – e Fusions – Boston Uprising. Atualmente, a equipe conta com nomes altamente experientes, como Hafficool, numlocked e o técnico KnOxXx, além de jogadores mais novos que podem surpreender como Tsuna e Jofi. Hafficool, offtank, tá aí desde que era tudo mato, tendo atuado pela Islândia na Copa de 2016. Sua dupla, numlocked, já jogou na Overwatch League pela LA Valiant em 2018 mas saiu do time – ou saíram com ele – e trouxe seus conhecimentos pra Hurricane. KnOxXx, hoje técnico, foi o tanque principal da imbatível Rogue de 2017, equipe que basicamente definiu o conceito de Dive e inovou ao começar a trazer estratégias com 3 DPSs.
Ou seja: É uma baita equipe, como diriam na minha cidadezinha natal. E, claro, é o primeiro desafio da equipe Brasileira da Lowkey Esports. Haja coração, amigo! (Tenho impressão de já ter ouvido essa frase em algum lugar…)

• O nosso representante

Lowkey Esports

O Brasil agora é Lowkey. A América do Sul agora é Lowkey. A equipe é composta por nomes que dominaram o cenário sulamericano por mais de um ano – Liko, Honorato e o técnico TMATTEI – e campeões da Contenders Temporada 3 2018, responsáveis justamente por desbancar os gigantes até então – Murizzz, Fastie, Ole, Pizzalover e Insanityz.
O retrospecto brasileiro em competições internacionais de Overwatch é positivo: começou com a Copa do Mundo 2016 em uma participação sem vitórias, evoluiu em 2017 quando ganhou alguns mapas e partidas importantes também na Copa do Mundo e assumiu sua melhor forma no ano passado, igualmente na Copa do Mundo, ficando em terceiro lugar entre os seis times de seu grupo, tirando mapa dos EUA, inclusive. (E batendo no ONIGOD, ou melhor, Spectr9l)

Para chegar ao Atlantic Showdown, a Lowkey ficou invicta durante a Temporada Regular e enfrentou a FURY na final, garantindo a vaga suada em um 4 a 3 extremamente disputado. Murizzz, especialista em Sombra, é um dos grandes nomes do time e será essencial para o bom desempenho brasileiro. Além dele, Liko, também DPS, eleito o melhor jogador de Overwatch de 2018 pelo Prêmio Esports Brasil, agrega muito à equipe, especialmente quando está liberado para jogar com algo que não seja Brigitte. Não que ele seja ruim com ela, mas desequilibra mais ao portar uma Pharah ou um Hanzo.
A dupla de tanques formada por Fastie e Honorato tem experiência de sobra e joga inteligentemente, raramente buscando algo mais agressivo ou perigoso. Ambos tendem a proteger muito a equipe e ter um olhar aguçado para oportunidades boas de partir pra cima, mas sempre sem comprometer o planejamento de jogo, mesmo que isso signifique eliminar menos adversários do que poderiam. E, finalmente, Ole e Pizzalover fazem a dupla de suportes. O primeiro era DPS e possui uma mecânica extremamente fora da curva, sendo um dos grandes expoentes do time, tanto com seu Zenyatta quanto com sua Ana. E o segundo é um bom complemento para o estilo de jogo geral da equipe com sua postura mais defensiva, que não aposta tão alto – a não ser quando tá ressuscitando de Mercy e vai no meio de seis oponentes pra trazer seu aliado de volta – mas se mantém consistente.

São ótimos jogadores com uma ótima comissão técnica que, segundo relatos, conversas pessoais e declarações públicas, estão comendo o joguinho com farinha pra dar o máximo na competição!

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Legenda: Lowkey no Bootcamp para a Final da Contenders! Atrás, da esquerda para a direita: Honorato, Pizzalover, p0kiz (Gerente da Organização), Liko, Murizzz. À frente, da esquerda para a direita: “Fastie” (Teve compromissos pessoais), Ole, Insanityz, TMATTEI. | Fonte: Twitter Lowkey 

“Ok, Tonello, agora conheço as equipes mas… Será que o Brasil tem chance? Ou tô me iludindo com um título pro SA?”

A verdade é que o título é um sonho e tá longe. É impossível? Não. Nada é impossível a partir da noção lógica de que o jogo é jogado e tudo pode acontecer. Mas é muito difícil, principalmente por conta do contato das equipes do NA com times da Overwatch League e do cenário mais integrado e experiente da Europa. Entretanto, um bom resultado não significa a vitória no torneio.
Como dito anteriormente, as participações brasileiras em competições internacionais estão melhorando pouco a pouco e, embora o Atlantic Showdown possua um nível maior ainda do que a Copa do Mundo de Overwatch, bons resultados são possíveis. Estes seriam vitórias em séries contra equipes conhecidas mundialmente, dar trabalho em todos os mapas, tirar mapas, enfim… Aparecer. Estar lá. Não ser o saco de pancadas. E eu realmente acredito que isso é possível.

Já o principal objetivo é, com certeza, assegurar a vaga da região SA para o Gauntlet – traduzido para Desafio, em português -, que será um campeonato com todas as regiões de Contenders ao final do ano. Para conseguir isso, a equipe da Lowkey não pode ficar em 5º nem em 6º lugar do Atlantic Showdown, o que significa que não podem perder na primeira partida da Chave de Repescagem – Losers’ Bracket. E a missão de assegurar nossa vaga é completamente possível, visto que a Talon Esports, da região do pacífico (PAC) conseguiu ganhar do campeão chinês durante o Pacific Showdown, mantendo sua vaga no Gauntlet.
Então essa é a meta. É pra isso que tem que ser nossa torcida. E, conseguindo isso, a missão tá completa, com certeza, e a evolução do cenário está provada.
Caso não consiga tal proeza, não adianta absolutamente nada falar “eu já sabia”, “é sempre assim”, como quem paga de manjador na hora que a coisa já tá feita, já tá feia. Vale a pena apoiar os caras, que estavam cientes da responsabilidade perante uma região inteira, para que na próxima tudo ande melhor.

Resultado de imagem para atlantic showdown bracketsLegenda: O primeiro desafio da Lowkey é a British Hurricane. Se perder, pega o perdedor de Angry Titans vs Fusion Uni ou ATL Academy, que provavelmente será a Angry Titans. | Fonte: Twitter OW Path to Pro

Em resumo, o Overwatch Sulamericano está começando a ter suas participações internacionais há pouco, essa é a primeira vez que times de Contenders se enfrentam e o potencial é gigantesco. Agora nos resta torcer, acompanha a jornada da Lowkey a partir do dia 31 de maio às 11h da manhã – JÁ É O PRIMEIRO JOGO! – e apoiar a região! Bora pra cima deles sem medo e sem dó!

Espero vocês na transmissão oficial em português no Canal Oficial da Overwatch Contenders Brasil e semana que vem falando de mais Overwatch Competitivo aqui no Mais! Um grande abraço e até lá! :D

BETBOOM
Felipe Tonello
publicado em 29 de maio de 2019

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