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Funcionárias processam Riot Games por cultura de discriminação de gênero

League of Legends
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Semanas após divulgar medidas de combate à cultura sexista, a Riot Games, desenvolvedora de League of Legends, foi processada por uma funcionária e uma ex-funcionária pelo mesmo motivo: discriminação de gênero. As demandantes buscam indenizações por uma série de práticas ilegais relacionadas a sexismo na empresa.

Na ação judicial enviada à Corte Superior de Los Angeles, onde fica a sede mundial da Riot Games, a desenvolvedora é acusada de violar a lei estadual da Califórnia que garante salários iguais a homens e mulheres na mesma função, além de atos de discriminação, assédio sexual e retaliação por preconceito de gênero/sexo.

Exterior do escritório da Riot Games em Los Angeles (Foto: Reprodução/Divulgação)

O escritório de advocacia que encaminhou o processo alega que as solicitantes tiveram salários equivalentes negados, além de terem suas carreiras estagnadas por serem mulheres e de trabalharem sob as condições negativas de assédio sexual constante, conduta inapropriada e preconceito, que, segundo elas, predominam no ambiente sexualmente hostil dos escritórios da Riot.

O artigo de 25 páginas cita fatores como a “bro culture” na empresa, denunciada em reportagens recentes e categorizada como uma cultura machista que privilegia os funcionários homens e relativiza abusos e comportamentos ofensivos para com as mulheres no ambiente de trabalho.

Também é citado o conceito de “core gamer”, algo como “gamer de verdade”. A ideia de jogador de videogame fanático é utilizada na contratação de novos Rioters e, de acordo com o processo, critério utilizado para discriminar mulheres na seleção e promoção de funcionários. “Em suma, ser um core gamer é equivalente a ser um homem, e a presunção é de que mulheres não são gamers de verdade e, por isso, não são Rioters de verdade”, diz o texto.

As demandantes denunciam a sexualização e objetificação indiscriminada de mulheres na empresa, em situações como correntes de e-mail ranqueando funcionárias pelos atributos físicos e comentários agressivos referente a suas condutas sexuais. Ainda há no processo a alegação de que as mulheres são coagidas a participar e tolerar piadas com sexo, defecação, masturbação, estupro e tortura. O texto completo em inglês pode ser lido aqui.

Em comunicado oficial, a Riot Games reafirmou que tomou medidas contra os funcionários que perpetuam essa cultura e que inúmeras investigações internas estão em andamento. O líder de comunicações corporativas da Riot Games, Joe Hixson, afirmou que todas as alegações são levadas a sério. “Continuamos comprometidos com uma evolução profunda e abrangente de nossa cultura para garantir que a Riot seja um lugar onde todos os Rioters prosperem.”

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Evelyn Mackus
publicado em 13 de novembro de 2018

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