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Após ouvir jogadoras, White Rabbit traz mudanças pra segunda temporada

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Após ter agitado o cenário feminino com o anúncio de um circuito só para jogadoras, a BBL escutou seu público alvo e promoveu mudanças para a segunda temporada do White Rabbit Cup – torneio amador que conta com Counter Strike: Global Offensive, Rainbow Six Siege, League of Legends e Dota 2.

As principais alterações são na premiação total e nos horários dos jogos. No que diz respeito à parte financeira, agora o montante é maior e contempla mais times.

Antes, o prêmio ia apenas para o primeiro e o segundo lugar: o time campeão de cada modalidade faturava R$ 750 reais enquanto o vice embolsava R$ 250.

Para CS:GO, LoL e Dota 2, os valores para o Top-2 se manterão, mas com um adicional: terceiro e quarto lugares levarão R$ 175 cada – além de bonificação via créditos dos respectivos jogos.

Já as garotas de R6 não receberão esses créditos, mas, em contrapartida, vão ter um aumento nos valores: R$ 1.000 para o time campeão; R$ 350 para o vice-colocado; e R$ 175 para terceiro e quarto lugares.

Vale lembrar que esses valores serão acumulados na última edição do mês. Sendo assim, a relação completa da premiação está disposta da seguinte forma:

Rainbow Six Siege
1º lugar - R$1000
2º lugar - R$350
3º e 4º lugar - R$175

Counter Strike: Global Offensive
1º lugar - 5x 70 reais em Steam Card + R$750
2º lugar - 5x 30 reais em Steam Card + R$250
3º e 4º lugar - 5x 10 reais em Steam Card + R$125

League of Legends
1º lugar - 5x 3450 RP + R$750
2º lugar - 5x 1380 RP + R$250
3º e 4º lugar - 5x 650 RP + R$125

Dota 2
1º lugar - 5x 70 reais em Steam Card + R$750
2º lugar - 5x 30 reais em Steam Card + R$250
3º e 4º lugar - 5x 10 reais em Steam Card + R$125

O que também mudou da primeira para a segunda temporada do White Rabbit Cup foram os horários. Até então, os jogos começavam às 14h (de Brasília) todo final de semana. Agora, as partidas darão início às 16h.

Esse foi o principal ponto que a BBL trabalhou para reajustar após identificar quais poderiam ser as melhorias feitas por meio do feedback das próprias jogadoras participantes, como disse Marcela “kami” Furlan, organizadora do circuito feminino. “Nós ouvimos as jogadoras e a comunidade e estamos trabalhando nos pontos que pediram maiores mudanças.”

Capitã da line de R6 da Brazilian Crusaders, Myllena “Myss” Almeida vê que todas as partes envolvidas saem ganhando com essas mudanças. “Só pelo fato da BBL ter ido atrás da nossa opinião sobre melhores horários, acredito que tenha sido de grande valia porque essa mudança vai com certeza ajudar muitas meninas a terem disponibilidade de jogar os campeonatos”, comentou em entrevista exclusiva ao Mais Esports. “Então eu amei a BBL ter ido atrás e nos escutado a respeito disso. Torço para que permaneçam assim: sempre buscando o conforto e o melhor para todos.”

O processo é contínuo, porém. Mesmo com a alteração nos horários, por exemplo, tem participantes que acreditam que ainda possam haver melhoras – como é o caso de Elizabeth ”Annie” Sousa, capitã do time de LoL da Abatedouro de eboys.

“As mudanças foram boas, mas ainda acho que o horário poderia ser um pouco depois das 16h. Conheço várias meninas com seus times que não poderiam participar do campeonato por não estarem em casa tão cedo num domingo – e ainda acho que falta mais divulgação para que mais times participem.”

A preocupação de Annie é apenas para que o cenário feminino cada vez mais ganhe mais autonomia. “As organizações começaram a dar uma certa importância para o cenário feminino bem recentemente. Eu fico muito feliz por isso, porque sempre quis ter uma carreira com algo que eu gostasse muito.”

“E eu não tinha nenhuma motivação pra fazer isso com o LoL. Nenhuma inspiração. Então acho mega importante para que todos vejam que vale a pena se esforçar e investir nessa nova etapa que tá surgindo no jogo: não só no LoL, mas em outras modalidades.”

Procurando o cenário ideal, o circuito sabe que ainda tem pontos a melhorar – como o de divulgação. “Estamos trabalhando também em outras questões como a divulgação das campeãs e as coberturas das partidas”, ressaltou kami.

Outros pontos estruturais também foram afinados. Agora, as equipes ganharão pontuação a cada final de semana conforme a colocação – que servirá como seed para o último final de semana.

A participação continua sendo livre, mas agora com um detalhe importante: para jogar na última data do mês e ter direito à premiação total, a equipe precisa ter jogado ao menos um final de semana anterior para entrar no seed.

São alterações que visam qualificar ainda mais a competição – mesmo sendo um torneio amador. Além disso, a ideia não é apenas dar espaço para jogadoras, mas sim toda mulher que queira se envolver com e-sports. “Para a cobertura das partidas, por exemplo, estamos buscando meninas que queiram transmitir os jogos e quem sabe se descobrir nesse universo de narração. Então se você que está lendo tiver interesse ou conhecer alguém que se encaixa manda pra gente”, convocou kami.

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Luiz Queiroga
publicado em 9 de maio de 2019, editado há 5 anos

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