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Vozes do CS:GO #1: Nicolino

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Vozes do CS:GO é uma série que traz ao leitor do Mais Esports a história de vida dos narradores e comentaristas do Counter-Strike: Global Offensive. Além de falar sobre sua vida pessoal e suas trajetórias profissionais, os casters conversam um pouco sobre o cenário de CS:GO e dão dicas para quem quer seguir a carreira profissional na área.

O primeiro personagem de nossa série é o Nicolino, narrador de Counter-Strike: Global Offensive. Em entrevista ao Mais Esports, Nicolino falou sobre sua infância, o TUES, sobre o seu futuro e deu conselhos para os leitores que sonham em ser comentaristas e/ou narradores de esporte eletrônico. Confira.

Infância e interesse pelo esport

Nícolas Emerenciano, mais conhecido pela comunidade como Nicolino, é formado em Marketing, tem 26 anos e nasceu em São Caetano do Sul em 15 de dezembro de 1992. Apesar de nascer em São Caetano, mudou direto para São Bernardo e lá morou durante 14 anos. Aos 14 anos de idade, devido a separação de seus pais, mudou-se para a cidade de Campinas juntamente com sua mãe, Sandra.

Segundo o narrador, esse período foi complicado em sua vida. Era uma cidade diferente, estranha e desconhecida e todos seus amigos e família haviam ficado em São Paulo. Entretanto, apesar da complicação pessoal, foi um ciclo que o fez amadurecer e lhe rendeu a oportunidade de trabalhar com o esporte eletrônico.

O corinthiano Nicolino sempre gostou de jogos. Foto: Arquivo Pessoal

Desde criança, Nícolas tinha esse interesse por jogos. O caster possuiu vários consoles: Nintendo 64, PS1, PS2 entre outros. Nicolino ficava acordado até às 2 da manhã esperando seu pai, Nilson, chegar do trabalho para jogar Pitfall e Kirby Avalanche. Seu gosto por jogos o aproximou do esporte eletrônico de maneira mais natural. No ano de 2007, um amigo do colégio, Augusto, o apresentou o mod de Warcraft III: Reign of Chaos, o DotA, e o ensinou a jogar.

Esse foi o primeiro contato de Nícolas com o competitivo. O interesse pelo competitivo do Garena o fez pesquisar, assistir replays de partidas e assim descobriu que havia um cenário de competição bem maior do que vira ali. Uma lembrança importante dessa época foi justamente sua entrada na Garena, pois foi o Felipe “brTT” Gonçalves, que fazia parte da Seleção Brasileira da DotA na época, que o aceitou na plataforma. Apesar do MOBA da Valve ser o inicio de sua afeição ao esporte eletrônico, o primeiro título que Nícolas acompanhou de maneira intensa foi o League of Legends e logo após o clássico Street Fighter, sua eterna paixão.

TUES e ESL Brasil

O Torneio Universitário de Esports foi onde Nicolino começou sua jornada profissional. Em agosto de 2016, Nícolas iniciou suas narrações, não apenas no Counter-Strike: Global Offensive, como também no League of Legends e outras modalidades. Para o narrador, a principal e maior diferença entre o torneio universitário e o profissional é o nível técnico. Segundo Nicolas, ‘os universitários não conseguem dedicar 100% do seu tempo para focar no game por conta da vida acadêmica que possuem’, apesar disso, Nicolino revela que muitos atletas que disputam o TUES tem potencial para jogar profissionalmente. Em março de 2018, veio o convite da ESL Brasil para um teste na Pro League e Nicolino segue nesta etapa de sua vida até o os dias de hoje. As dificuldades de narrar uma ESL Pro League, Nicolino tira de letra. Devido as suas experiências anteriores na TUES, Nícolas é bem calejado pois passou por todas as situações possíveis no TUES: desde narrar para 20 pessoas, ser criticado e ser afetado pelos comentários no chat.

Nicolino e bczz na final do torneio de CS:GO da TUES no segundo semestre de 2017. Foto: Felipe Guerra

O momento mais marcante na carreira de Nícolas foi ser chamado para ser narrador da ESL One Belo Horizonte. Para o caster, ver o ginásio do Mineirinho lotado, cantando, vibrando, mostrando o flash do celular em uma MD3 entre FaZe Clan e Team Liquid, foi inexplicável. Todos esses fatores fizeram esse final de semana, o melhor de sua vida.

Carreira e futuro

A maior dificuldade enfrentada por Nicolino é criar uma identidade. Os espectadores conhecem sua voz, mas não seu físico e, por consequência, não sabem quem ele é. Há um caso curioso no qual Nícolas estava em um evento com a camisa do atleta Gabriel ‘1962’ Sinopoli da Isurus e o confundiram com o hermano. Todavia, o caster não vê um problema nisso, uma vez que está há pouco tempo narrando os principais campeonatos e a construção de sua identidade vem naturalmente com o tempo.

Como ídolos no esporte eletrônico, Nícolas tem o dinamarquês Anders Blume como referência. O consagrado Guilherme “GuizaO” Kemem é a referência para o narrador em solo brasileiro. Já ingame, o norueguês Håvard “rain” Nygaard, entry fragger da FaZe Clan, é o jogador favorito do caster.

Narradores do esporte tradicional influenciam Nicolino quando está transmitindo algum campeonato. Oscar Ulisses, narrador titular de futebol pela Rádio Globo e CBN de São Paulo, e Nilson Cesar, titular da Jovem Pan, são dois narradores que são referência para Nícolas, principalmente no flow da narração.

Nicolino e gio durante a ESL One Belo Horizonte. Foto: Felipe Guerra

Para o futuro profissional, Nicolino pretende, segundo suas próprias palavras, ‘narrar, narrar, narrar, narrar e narrar. E jogar’. Seu plano é expandir sua narração para além do CS:GO, Nícolas tem saudades de jogos como League of Legends e Fifa, principalmente. Já para o futuro do Counter-Strike: Global Offensive, Nicolino aposta em um maior apoio da Valve para um crescimento do cenário, assim como acontece com outra modalidade da desenvolvedora, DotA 2.

Conselhos para iniciantes

Nicolino também mandou uma mensagem aos leitores do Mais Esports que desejam seguir carreira na narração e/ou comentários. Segundo Nícolas, o principal é não fazer por dinheiro e fazer seu trabalho por amor. Nicolino revela que a narração não dá rios de dinheiro e que não é um trabalho fácil e também afirma que os narradores que são consagrados nos dias de hoje não começaram no topo e em algum momento de sua carreira, fizeram as narrações de graça e durante várias horas.

Bruno Martins

por Bruno Martins

Publicado em 30 de janeiro de 2019 • Editado há 5 anos

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