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As surpresas e as decepções da fase de grupos do MSI 2018

League of Legends

“O torneio dos atiradores” foi como a comunidade de League of Legends denominou o Mid Season Invitational de 2018. Afinal, seria a primeira vez que Jian “Uzi” Zi-hao, Kim “PraY” Jong-in, Martin “Rekkles” Larsson e Yiliang “Doublelift” Peng jogariam o torneio de meio de temporada. Mais que isso, mas cada um teve o melhor split da carreira, o que criou ainda mais empolgação.

Numa fase de grupos que teve voltas e mais reviravoltas a cada dia de competição, Royal Never Give Up, Flash Wolves, Kingzone DragonX e Fnatic se classificaram para as semifinais. Team Liquid, que começou de forma terrível e inclusive perdeu para também eliminada EVOS Esports, reagiu e quase conseguiu avançar, mas no fim caiu para os europeus.

Numa disputa internacional como essa, é comum que um ou mais jogadores se destaquem e ganhem reconhecimento. Ano passado pôde-se testemunhar a habilidade de Luka “Perkz” Perković diante de Lee “Faker” Sang-hyeok e na primeira edição Fabian “Febiven” Diepstraten se afirmou como grande meio também jogando contra o melhor da história.

Há de se esclarecer que não é surpresa que estrelas como Uzi e Li “Xiaohu” Yuan-hao tenham tido bons desempenhos. São jogadores com vasta experiência regional e fora do país, constantemente ranqueados como competidores por melhor da posição. Dito isso, eis as maiores surpresas e decepções da fase de grupos do MSI 2018.

Caps, o garoto de potencial infinito

Que Rasmus “Caps” Winther era um indivíduo com enorme potencial todo mundo já sabia. O apelido de “Baby Faker” não veio à toa. Desde a chegada à Europe League Championship Series, a movimentação do dinamarquês, assim como a capacidade de explosão, sempre chamaram atenção. Mas o ano de estréia mostrou um mid laner inconsistente e muitas vezes perdido no mapa.

O primeiro split de 2018, porém, foi um marco na carreira do jovem prodígio: pela primeira vez foi considerado na corrida pelo MVP da etapa. Caps foi fundamental na campanha da Fnatic pelo campeonato europeu. A escolha de Corki, que a essa altura já é um pocket pick, ganhou muitos jogos para o time dourado e alavancou as estatísticas de Dano por Minuto para 659, máximo da role.

Ele também aprendeu a jogar nas sidelanes  — algo que a comissão técnica admitira ser um problema anteriormente — e superou sem contestação Perkz na final. Mas, frente a nomes conhecidos como Gwak “Bdd” Bo-seong,
Huang “Maple” Yi-Tang e Xiaohu, esperava-se que seria apenas mais um mid entre tantos.

Mas Caps fez muito mais que isso. Com um atirador tendo dificuldades na cadeira ao lado, um top laner novato completando no lugar do companheiro que se lesionou e um Zdravets “Hylissang” Iliev Galabov sempre no oito ou oitenta, ele teve que estar à altura para levar a Fnatic aos playoffs.

Rasmus “Caps” Winther vem sendo o principal carregador da Fnatic nesse MSI (Riot Games)

Caps jogou com sete campeões diferentes na fase de grupos: Yasuo, Taliyah, Corki, Vladimir, Zoe, Aurelion Sol e Karma. Teve mais sucesso com os quatro primeiros, acumulando jogadas de efeito de formas variadas. Por exemplo, com a Tecelã de Pedras, impactou o mapa todo contra a Liquid com o Muro da Tecelã. Usando o Sanguinário Escarlate, parou o split push de Phan “Stark” Công Minh quando este batia nas torres de Nexus. Isso sem falar o que fez com Yasuo.

Por ser o principal carregador da Fnatic, Caps acabou ficando com a terceira maior Porcentagem de Mortes, com 27.4%. As performances com Zoe e Karma intensificaram muito essa estatística. Mas foi de longe o meio que mais causou dano, com 558 DPM e 32% da porcentagem do time. Em lane, perde apenas para Xiaohu, com 190 XPD10 e 3.5 CSD10.

Se ele quiser chegar na final desse campeonato, uma mudança será necessária: ou o resto do time começa a fazer como Mads “Broxah” Brock-Pedersen e o ajuda, ou ele terá que cometer menos erros para diminuir o número de mortes. Caso contrário, ficará mais difícil de se solidificar como atual melhor do ocidente.

MooJin, o substituto

Antes do início desse MSI, poucos conheciam Kim “MooJin” Moo-jin. Ouvia-se muito a pergunta “Quem é esse cara que substituiu o Karsa?” e, honestamente, não dá para culpar quem a fazia. A Flash Wolves é o primeiro time profissional do caçador, que no passado jogara apenas em ligas desafiantes ao redor do mundo.

Moojin jogou pela última vez ao lado de nomes como Park “Thal” Kwon-hyuk e Raymond “kaSing” Tsang na Red Bulls, da segunda divisão européia. A line-up não conseguiu funcionar  — especialmente porque não tinham comissão técnica e pela inconsistência de Felix “MagiFelix” Boström e Tarik “Sedrion” Holz — , mas ficou evidente que o jungler tinha habilidade.

Foi curioso quando a organização taiwanesa decidiu recrutar um coreano para a vaga de Hung “Karsa” Hau-Hsuan. Isso porque, em 2015, fizeram um experimento sem sucesso com Ha “Kramer” Jong-hun para a posição de adcarry. É claro que a barreira linguística impediu que a ideia desse certo, até porque o atirador se encontra em situação muito melhor agora na Afreeca Freecs.

Kim “MooJin” Moo-jin é uma das principais armas da Flash Wolves (Riot Games)

A Flash Wolves venceu a League Master Series tão fácil quanto em qualquer outra ocasião. As outras organizações, que reformularam os plantéis com muito mais força que os auricelestes, não foram páreos para a experiência e talento de Hu “SwordArt” Shuo-Chieh e companhia. MooJin nem precisou se destacar estatisticamente, uma vez que só liderou Dano por Minuto (236).

Nesse evento, contudo, foi muito importante para a sequência inicial de vitórias da FW. Ele foi o principal responsável pelos First Blood da equipe, com 64%, e sempre esteve à frente do caçador inimigo em Experiência aos Dez Minutos (269). Até quando ficou atrás, como contra Nguyễn “YiJin” Lê Hải Đăng, foi capaz de se recuperar. E não dá para esquecer da criativa iniciação de Kha’Zix para o follow-up do Galio de Maple.

Assim como Caps, MooJin sobrepujou figuras como Han “Peanut” Wang-ho e Liu “Mlxg” Shi-Yu em rota para as semifinais do MSI. Ele terá que desempenhar isso novamente se quiser passar da Kingzone. Mas, só com o que fez até agora, já mostrou que pode pertencer ao mesmo patamar dos grandes da selva.

Rekkles, o abalado

Melhor laner. Maior KDA. Maior número de First Bloods. Menor número de mortes isoladas. Maior diferencial de ouro aos quinze minutos. Segundo maior dano por minuto. Essas são algumas estatísticas apresentadas por Rekkles ao longo da EULCS Spring 2018. Se ele não era o melhor, era o segundo. Nada pior que isso.

Rekkles teve a etapa dos sonhos. Levou a Fnatic ao posto de melhor time da fase regular da Europa, conseguiu números absurdos, foi MVP pela segunda vez consecutiva e fechou com chave de ouro ao garantir dois Penta Kills sobre a antiga soberana G2 Esports. Se havia um jogador merecedor da expectativa, esse era Rekkles.

Por boa parte da carreira, foi considerado um jogador passivo, sem brilho especial na fase de rotas. Era aquele atirador que sobreviveria o early, farmaria para comprar itens e depois faria o serviço de limpar as teamfights. Ele próprio reconheceu isso em entrevista recente. Mas isso mudou esse ano, agora era destemido e até foi pra Coréia para treinar individualmente.

Martin “Rekkles” Larsson, até então, não repetiu as performances que teve na Europa (Riot Games)

Na primeira partida, de cara enfrentaria Uzi. A torcida foi a loucura quando soube do confronto, especialmente após os constantes elogios do sueco ao chinês. Mas logo tudo desmoronou. Rekkles foi colocado num matchup desfavorável  — a RNG tinha Kog’Maw e Tahm Kench contra Kai’Sa e Braum —  e perdeu a torre no puro 2v2 aos doze minutos. Atrás em farm desde a laning phase, não fez absolutamente nada durante o jogo inteiro e terminou com desvantagem de setenta minions.

A partir daí, o indivíduo que destruiu a Europa já havia desaparecido. Passou a recorrer a campeões de conforto como Tristana e Sivir, que estão fora do meta, o que foi um entrave estratégico para a Fnatic. Estatisticamente, se equiparou ao inexpressivo Nguyễn “Slay” Ngọc Hùng e até no teste de olho dava para ver o medo que sentia. Ele não batia no inimigo em lutas, o que depois de certo ponto não era nem enfurecedor. Dava pena.

Rekkles ao menos se reequilibrou na partida decisiva contra a Liquid. Finalmente voltou a um pick mais convencional na forma de Xayah e foi agressivo para parar o avanço de Doublelift, que fez grande torneio. Mas se quiser realmente se redimir, vai ter que fazer a partida da vida justamente contra Uzi, o aparente bloqueio mental.

Khan, o desaparecido

Kim “Khan” Dong-ha entrou em cena na League Champions Korea Summer 2017 como novo membro da Longzhu Gaming. Poucos o conheciam, uma vez que estivera na China por um longo período e antes disso usava o apelido de “Hanlabong”. Junto com dois novatos, entrou no time após campanha medíocre no Spring e, sinceramente, só tinham a acrescentar.

Ele fez rapidamente um nome pela maestria com campeões carry, principalmente Jayce, Fiora e Renekton. “Jayce é meu pocket pick mesmo num metagame de top laners tank”, disse uma vez em entrevista pós-jogo, o que ilustra a mentalidade do jogador. Khan e a Longzhu prosseguiram para ser campeões do split e repetiram o feito sob a bandeira da Kingzone seis meses depois.

Por duas etapas consecutivas, Khan foi o melhor topo da Coréia  — e consequentemente do mundo —  e muitas vezes entrou na conversa de melhor do mundo. Regionalmente e contra competição árdua, como Song “Smeb” Kyung-ho e Kim “Kiin” Gi-in, teve as maiores estatísticas de lane e Dano por Minuto. De quebra ainda fez Penta Kill com Riven, um dos poucos a selecionar a campeã.

Kim “Khan” Dong-ha, disparado o melhor topo do mundo, ainda não apareceu no MSI (Riot Games)

Se ele demole os adversários no campeonato mais difícil do mundo, fazer o mesmo no MSI seria moleza, certo? Errado. Khan até agora foi só mais um jogador, não demonstrou nada de especial. Pouco participa dos abates da KZ (49.2%) e perde para Bwipo, um novato no pior time das semis, nas principais estatísticas. Tudo isso absorvendo de longe o maior percentual de ouro dentre topos (23.6%).

O que foi aquela partida horrenda de Vladimir, na qual calculou muito mal o dano da Fnatic e do próprio campeão e fundamentalmente se suicidou diversas vezes? Ignorando o outplay 1v2 de Illaoi contra a EVOS, Khan foi quase invisivel ao longo da fase regular e viu de camarote o brilho de Bdd e PraY.

Se as outras ligas tivessem enviado topos renomados com carries como Heo “Huni” Seung-hoon, Kang “TheShy” Seung-lok, Martin “Wunder” Hansen e Chen “Ziv” Yi, haveria o mínimo de explicação para Khan não estar jogando do jeito que joga na terra natal. Mas não, os rivais são novatos ou jogadores tanque. Então espera-se o máximo do melhor do mundo.

Rick Birman

por Rick Birman

Publicado em 17 de maio de 2018 • Editado há quase 6 anos

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