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Conheça Nikolai, streamer brasileiro que quebrou o recorde de horas stremadas em 1 mês

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O recorde de horas streamadas em um mês agora pertence ao Brasil! O streamer brasileiro Nikolai Cinotti bateu o norte-americano GiantWaffle e acumulou 603 horas de transmissão em um mês. A contagem começou a valer no dia 26 de dezembro e terminou no dia 26 de janeiro.

Ele jogou mais de 10 jogos diferentes durante este tempo, entre eles: League of Legends, Euro Truck Simulator 2, Red Dead Redemption 2, The Witcher 3, Dead By Daylight , The Banner Saga, Life Is Strange: Before the Storm, Path Of Exile entre outros. Grande parte desses foram “zerados” pelo streamer, que explicou o porquê não jogou e completou todos os jogos prometidos: “[…] gastei dinheiro dentro do LoL e por isso tive/tenho que aproveitar a duração do evento para não jogar dinheiro fora, mas iremos jogar todos os jogos prometidos na lista da maratona e vamos zerá-los”.

Em entrevista ao Mais Esports, Nikolai contou que a ideia surgiu de forma repentina após ver uma notícia do próprio GiantWaffle, detentor do recorde anterior. “Fiz umas continhas básicas e era mais ou menos a mesma quantidade de horas que eu ficava acordado e dormia”. O streamer comentou que tem dificuldades para dormir já que possui ansiedade, insônia e sofre de depressão. “Pensei nisso como uma forma de poder contar um pouco da minha história durante esses três anos fazendo stream. Talvez isso não só me animaria a continuar com as lives, mas também a conseguir fazer disso o meu trabalho e não ser só uma fonte de gastos. Gostaria de chamar um pouco de atenção e fiz isso esperando ‘ver uma luz no fim do túnel’, seja para conseguir contatos para arranjar um emprego ou para crescer um pouco o meu público e tentar trabalhar com stream”, completou.

Nikolai está sem um emprego fixo há quatro anos. Ele contou que trabalhou oito meses como estagiário em uma empresa, mas após essa ter que fazer um corte de gastos, ele acabou sendo um dos demitidos. Seu salário era de R$ 1300, ele usava R$ 1200 para pagar sua faculdade. “Após ser demitido eu não consegui outro emprego então tranquei a faculdade, mas as dívidas ficaram lá gerando multa e juros. Após 10 meses eu comecei a trabalhar como Uber usando um carro emprestado, fazia uma jornada de 9 a 12 horas por dia e usei todo o dinheiro para pagar essas dívidas (que ainda nem acabaram), dar manutenção no carro e comprar comida para os meus gatos”. Ele até comprou um curso de desenho para tentar vender sua arte e gerar alguma renda, mas acabou não dando certo. Durante toda essa maratona de stream, ele só conseguiu arrecadar R$ 40 em doações.

https://twitter.com/eaeniko/status/1202719221123301382?s=20

 

Apesar da longa maratona para bater o recorde, existem regras para o desafio ser válido. Nikolai explicou que essas obrigam o participante a descansar por um certo intervalo, evitando que prejudique sua saúde física. Esse descanso também é incluso na contagem das horas. “Eu fiz stream enquanto tomava banho, mostrei minha casa, cozinhei e mesmo quando eu dava as pausas, colocava a webcam na sala e mostrava eu alongando meus pés, pois a circulação ficava ruim e por isso eles inchavam. É necessário se mostrar em pelo menos 90% do tempo, então não adianta eu colocar um vídeo para o pessoal assistir e ir dormir”. Ele também comentou que estava dormindo apenas três horas por dia e que suas pausas eram de 10 a 20 minutos três vezes por dia. “Eu parava de jogar e ia me alongar, deitar para relaxar um pouco (sem dormir), tudo com a webcam me mostrando”, completou.

Quantidade de horas transmitidas por dia. Foto: Divulgação Nikolai

Ele revelou que passou por alguns momentos difíceis na live principalmente por ficar entediado e não querer jogar mais nada por ter ficado horas jogando. “Em alguns dias a minha mente pedia arrego após eu jogar várias horas seguidas. Eu não sabia o que fazer e tiltar em live não é legal, fica muito aparente e você perde público”, comentou o streamer.

Mesmo sabendo que não é fácil, Nikolai tem o sonho de seguir com a carreira de streamer e conseguir se sustentar com isso, mas lamenta nunca ter tido a oportunidade de tirar uma renda mínima que pelo menos pagassem os seus custos. Ele faz transmissões na plataforma do Facebook, pois foi lá que conseguiu monetizar sua live. “A Level Up (forma de se afiliar ao Facebook), que era a única forma de eu monetizar a stream, foi removida pelo Facebook do nada. Não me falaram o motivo, só respondem meus tickets com mensagens automáticas e nem sequer me deram a chance de contestação, acabou ficando por isso mesmo”, comentou.

Antes que muitos perguntem o porquê ele não faz lives na Twitch, Nikolai fez questão de explicar o motivo para todos. “Eu fiz lives lá por dois anos, mas em um ato de desespero acabei tomando decisões erradas e fui banido. Eu gostaria de me redimir e tentar consertar o meu erro na plataforma, até mesmo de forma jurídica se for necessário, não me importo de pegar pelos meus erros (independente se eu voltaria ou não a stremar lá), porém não conheço ninguém da equipe da Twitch”.

Para finalizar, o streamer detentor do recorde mundial disse que quer continuar fazendo lives não só jogando. “Gostaria de fazer um IRL dirigindo e mostrando os cenários enquanto bato um papo. Também tenho outras ideias malucas que quero colocar em prática, mas para isso no mínimo tenho que ter condições de continuar fazendo lives”.

Nikolai publicou um pequeno texto contando mais detalhes sobre sua situação aqui em seu site. Você pode acompanhar sua stream em sua página no Facebook e para saber quando acontecerão as transmissões, é só segui-lo em seu Twitter.

Veja também: Ninja foi o gamer mais bem pago em 2019 de acordo com a Forbes

 

Bruno Rodrigues

por Bruno Rodrigues

Publicado em 01 de fevereiro de 2020 • Editado há 4 anos

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