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Uma Nova Era: kt Rolster vs Griffin – LCK Summer Finals

League of Legends

Havia se passado quarenta e um minutos desde o início do último game entre Griffin e Afreeca Freecs. Lee “Spirit” Da-yoon e companhia tinham vantagem de quatro mil de ouro e dois Dragões Infernais, o que os mantinha na liderança provisória da partida. As lutas, porém, começavam a ficar apertadas, sendo às vezes decididas com um pressionar a mais de botão.

Fazendo uso das Estrelas Desviadas da Zoe de Lee “Kuro” Seo-haeng e das Flechas Perfurantes do Varus de Ha “Kramer” Jong-hun, a Afreeca deixou os adversários low o suficiente para ganhar confiança de forçar um Barão. Seria a segunda vez que fariam o objetivo e certamente o último prego para fechar o caixão da Griffin.

Lee “Tarzan” Seung-yong, com 30% de HP, se posicionou na parte de trás do monstro na espera do instante certo para usar Flash e buscar o roubo. Enquanto isso, Choi “Sword” Sung-won foi pela frente para tentar construir a barra de Mega Gnar. Os alvicelestes derreteram o Barão, contudo, e quando o caçador estreante se viu no covil já era tarde demais.

Pronto, esse era o ticket para a segunda final consecutiva da line-up de Choi “iloveoov” Yeon-sung. Numa realidade alternativa, os jogadores só sairam em segurança do rio, avançaram as ondas de minions e devastaram a base inimiga. Simples e rápido para um grupo que provou ser grande ao longo da escalada, quando dizimaram Gen.G e Kingzone DragonX.

Passando para a final, a Afreeca seria franca favorita para superar a kt Rolster. Historicamente, Kim “Deft” Hyuk-kyu e Go “Score” Dong-bin  —  na hora do Smite, isto é  —  tendem a sucumbir à pressão. Contra uma oponente vindo embalada e considerando que os confrontos da fase regular foram incrivelmente apertados, é difícil não presumir que a história se repetiria.

Mas não foi isso que aconteceu. A Griffin já mostrara que não desistiria fácil, muito menos em lutas milagrosas de Late Game. Então, após Tarzan entrar no pit atrasado e, portanto, quando parecia que tudo daria errado, o mid mais jovem do campeonato Jeong “Chovy” Ji-hoon resolveu o problema. Moveu a Orianna seguindo o mesmo caminho de Sword e acertou a Onda de Choque em quatro, o que garantiu o último avanço e a classificação para a final.

Ao longo do jogo inteiro, Park “TusiN” Jong-ik vinha usando o Devorar do Tahm Kench para salvar cada companheiro. Era espantoso — e até frustrante  —  o quão rápido o suporte conseguia apertar W e segurar lutas que, em outras condições, estariam acabadas. Mas dessa vez ele fez movimento de fuga, o que o deixou longe para usar a habilidade. Quando percebeu o que estava ocorrendo, era tarde demais. Engraçado como tudo acontece nesses momentos.

Lehends abraçando Chovy após o quinto jogo Foto: FOMOS (kenzi)

A final entre kt e Griffin é possivelmente a mais empolgante que o fã de League of Legends poderia esperar. São os novatos do cenário coreano contra os experientes, as lendas cujos nomes já estão estabelecidos  —  com exceção de Son “Ucal” Woo-hyeon  —  e só precisam legitimar o atual supertime com um título. Ainda mais sabendo que esta será a última final organizada pela OGN.

Ainda que tenha sofrido quatro derrotas a mais do que no primeiro round, é complicado dizer que a Griffin tenha piorado no segundo. Perderam com drafts desrespeitosos para uma Jin Air Green Wings que foi bem contra todos os top teams, para a Gen.G num jogo substancialmente disputado, para a Afreeca com uma composição inusitada de funneling e para a counter natural kt. Então não foi surpresa o desempenho na semifinal.

Durante a etapa, por sinal, a formação capitaneada por Song “Smeb” Kyung-ho venceu todos os duelos contra Son “Lehends” Si-woo e companhia. Foram quatro mapas ganhos contra apenas um perdido. Até por isso que a kt se classificou automaticamente para a final: o confronto direto os alavancou para primeiro mesmo com um saldo idêntico.

Neles, a gigante da telecomunicação se mostrou superior de todas as maneiras possíveis. Campando Sword e consequentemente dando recurso para Smeb. Deixando o topo para cuidar de si e dando enfoque na bot lane. Tendo Ucal em campeão de conforto ou em defensivo. Sofrendo roubo de Barão e mesmo assim sendo capaz de lutar com criatividade e voltar para o jogo. Foi como se pudessem fazer o que quisessem que ganhariam de qualquer jeito.

Estilisticamente, os veteranos tendem a levar a melhor sobre a Griffin pois estes têm um Early Game passivo, enquanto aqueles sempre foram conhecidos pelo poderio nesse período. Os estreantes procuram farmar no início, para ao longo da partida capitalizar em pequenos erros, como posicionamento, overextension... Ou simplesmente lutar melhor. Em tese, é uma estratégia que deveria funcionar para essa final, mas esse ano a kt melhorou muito nesse quesito. Eles não são mais tão imprudentes como antes  —  ou pelo menos não com tanta frequência.

Na semi, Sword foi muito abusado por Kim “Kiin” Gi-in quando esteve em match-ups desfavoráveis. Apesar de não ser tão ruim quanto falam, ele caiu de nível após o remake do Aatrox e a queda de prioridade do Dr. Mundo. Por isso, recentemente só vem jogando de Gnar  —  pick com o qual está invicto  —  e Cho’Gath. Smeb, que jogou bastante com o Yordle Pré-Histórico e Kennen, gosta também de Jayce, Camille e Fiora. Isso significa que pode explorar o fato do homólogo ficar perdido contra splitpush.

Se tratando da selva, Score contra Tarzan promete ser interessante na medida em que os dois caçadores foram os melhores da fase regular, ao mesmo tempo que representam duas gerações diferentes de jogadores. Não só isso, mas possuem ótima leitura de pathing e também champion pool parecida. O que pode pesar a favor do jungler de 26 anos é o fato de ele poder jogar para todas as lanes, enquanto o novato talvez precise ajudar o topo.

Deft ao lado de Ucal, que foi fator determinando para as vitórias contra a Griffin – Foto: FOMOS (kenzi)

O embate entre Ucal e Chovy é provavelmente o que mais pode influenciar o resultado da série. Os dois são os mais jovens da LCK no momento, mas a quantidade de jogadas que conseguiram criar em situações de alta pressão é de espantar. Por falar nisso, o meio da kt foi extraordinário especialmente contra a Griffin ao, por si só, decidir jogos com Galio, Ryze e Taliyah.

Nas primeiras rodadas, porém, ele não foi exatamente o melhor laner. Ficou atrás em CS em diversos match-ups e foi várias vezes mandado para baixo da torre. Voltou a grande forma conforme a equipe foi acumulando vitórias, mas caso entre frio na partida ou esteja num dia ruim, Chovy pode puni-lo ou pedir assistência do jungler para afundá-lo ainda mais. A Griffin, assim, utilizaria a pressão do mid para dar roaming ao top e aliviar a suposta desvantagem de Sword.

Por último, o encontro entre as duplas Deft, Cho “Mata” Se-hyeong e Park “Viper” Do-hyeon, Lehends pode variar de acordo com os campeões escolhidos. Viper ficou conhecido por abraçar o meta de bruisers e magos, o que criou o conceito errado de que não é tão bom com atiradores comuns. Ele é  —  como já demonstrou com Ezreal e Kai’Sa  —  e caso selecione esses dois, a disputa fica mais equilibrada. Isso porque raras foram as vezes nas quais morreu em lane, mesmo quando levou gank. Mas caso opte por algo inconvencional, é mais fácil para o par da kt vencer os estágios iniciais da rota.

Em ambas as séries da fase regular, a kt evitou que Lehends colocasse as mãos em Shen e Morgana —  os dois mais jogados pelo garoto. Seja por meio de banimentos, dando First Pick ou simplesmente pegando para Mata caso eles ficassem esquecidos. É provável que isso se repita, o que diminuiria o conforto do suporte de dezenove anos.

O que a Griffin realmente brilhou ao longo dessa jornada foram as lutas. Situações nas quais saíram com uma lasca de vida e ainda tiveram a ousadia para virar e pegar mais abates  como foi na Semana 3 contra a Kingzone  vem à mente. Se eles conseguirem replicar esses momentos, seria de grande serventia. Mas, na primeira final da carreira, com pressão nunca antes vivida e contra um time que já se mostrou capaz de lidar com esse estilo de fights, é um grande “se”.

Caso tivessem demonstrado evolução no Early Game, para ao menos tentar contestar a melhor escalação da Coréia nessa área, daria para imaginar essa final sendo mais disputada. Tomando como exemplo a semifinal contra a Afreeca, tiveram vantagem em apenas dois jogos  —  um deles quando a Kiin foi dado um match-up muito precário. Será que a kt vai cometer erro parecido? Salve raras exceções, Smeb demonstrou ser uma rocha capaz de absorver qualquer pressão que vier. Por isso, só dá para ver a Griffin tirando no máximo um joguinho.

Score ficou desolado quando enfrentou Smeb na final. Ao lado dele, será que vai na segunda tentativa? (OGN)

Independente do resultado, para o espectador é impossível sair perdendo. Se a Griffin ganhar, significará uma nova era no cenário sul-coreano, com um grupo de novatos do LoL completando a Royal Road pela primeira vez no país. Se a kt vencer, não só Score levantará o primeiro troféu, como também a formação do supertime não terá sido em vão —  algo que à essa altura todo mundo está torcendo, pelo menos um pouquinho. Por enquanto, só resta aguardar pelo dia 8 de setembro.

Rick Birman

por Rick Birman

Publicado em 01 de setembro de 2018 • Editado há mais de 5 anos

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