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Jockster: “Acredito que estou cobrindo o papel do Revolta da melhor maneira possível”

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O jogador Luan “Jockster” Cardoso teve mudanças em sua carreira na pré-temporada. Jogando como caçador, o suporte por ofício substituiu Gabriel “Revolta” Henud até agora na Superliga ABCDE 2018, conseguindo bons resultados durante o torneio e tropeçando apenas para o Santos eSports, contra quem perderam por 2 a 1 na última rodada.

Não é a primeira vez que Jockster joga na selva. Entre 2013 e 2015, o jogador alternou entre as posições de jungler, top laner e suporte — se estabilizando na rota inferior em 2016, na INTZ. O profissional comentou em entrevista ao Mais e-Sports seu papel atual na Vivo Keyd, a campanha no torneio de pré-temporada e o futuro da equipe.

É a primeira vez em dois anos que a Keyd fica sem o Revolta e você está no lugar desse jogador, que sempre foi muito importante na equipe. Como está sendo assumir esse papel?

Jockster: Eu estou bem feliz de ter essa oportunidade de jogar na jungle. Apesar de ser por imprevistos que aconteceram, eu acredito que estou cobrindo o papel do Revolta da melhor maneira possível, pelo menos ao meu ver. É óbvio que eu não vou chegar no nível dele tão rápido, eu tô jogando há quase um mês só e ele joga a vida inteira, então acho que era muito difícil eu realmente preencher a lacuna que ele deixou aqui no time. Mas eu acho que tenho preenchido uns 60% pelo menos, e eu acredito que foi algo muito bom para mim, porque entendendo a jungle, eu acredito que mesmo se eu voltar pra suporte eu vou ter essa experiência e isso é muito bom pra mim de qualquer maneira.

Você vai ficar na role de caçador?

Jockster: Não sabemos ainda, estamos em uma fase de testes. Eu acredito que a gente tenha que ter pelo menos uma semana pra entender como está funcionando o time, tem muita coisa pra acontecer ainda, a gente não se decidiu muito sobre como queremos jogar, e isso também influencia em quem vai ficar de suporte e quem vai para a jungle. Então precisamos de um tempinho a mais para entender o que queremos fazer e decidir se eu vou ficar na jungle ou não.

Como a sua experiência como suporte em todos esses anos está te ajudando a desempenhar na jungle?

Jockster: Acho que principalmente pra jogar com o Professor a minha experiência como suporte tá ajudando muito, eu consigo entender qunaod ele pode sair da lane e andar comigo, o que é muito importante nesse meta, eu consigo entender quando a gente pode entrar pra wardar, quando é perigoso a gente fazer alguma coisa, então eu acho que a noção de visão é algo que está me ajudando muito a jogar na jungle, e também está me ajudando a dar as calls do que fazer junto do Professor.

E você, pessoalmente, gosta mais de jogar na jungle ou como suporte?

Jockster: Pessoalmente, eu gosto mais da jungle, mas eu acredito que como um teammate o esperado é que eu faça o melhor para o time, então se o time achar que foi melhor eu jogar de suporte eu vou jogar tranquilamente e vou ser feliz como suporte. O que realmente importa para mim é que o time vá bem — se eu tiver que jogar de suporte eu não vou ficar triste, mas eu prefiro realmente a jungle.

Você é historicamente um dos melhores suportes do Brasil, e está sendo substituído por um jogador que também é muito bom, o Professor. Como está rolando a troca de informações e experiência entre vocês?

Jockster: Principalmente por ele ter vindo da ProGaming, ele trouxe uma visão muito diferente do jogo. A PRG tinha um estilo muito único, que eles sempre usaram e já funcionou muito, já deixou de funcionar, então eu acho que ele trazendo essa experiência pra mim eu consigo enxergar umas coisas que eu não enxergava antes. Eu acredito que também tô ajudando ele a entender principalmente como jogar junto com o seu ADC, não sei porque, mas sinto que ele não entendia isso muito bem na PRG. Agora que ele veio pra cá, eu estou ajudando ele bastante nisso, e ele também está me ajudando muito. Eu acho que ele trouxe muita coisa da PRG e é algo que agrega para todo mundo, não só para um suporte ou um jungler.

Pra você, quais são as diferenças entre o seu estilo de jogo na jungle e o do Revolta?

Jockster: Eu acho que o Revolta faz um jogo muito mais controlado do que eu. Eu procuro sempre ajudar as lanes quando elas precisam, e ele procura ajudar as lanes de outras maneiras, ele sabe que se ele encontrar o jungler inimigo, por exemplo, isso já vai dar uma chance das nossas lanes jogarem mais agressivo. Então eu acho que o estilo de jogo dele é mais controlado e o meu é um pouco mais doido, assim… Eu sempre estou procurando fazer alguma coisa que traga vantagem para as minhas lanes, e não só controlando o jogo com visão e pegando informação do outro jungler.

O que você acredita que a Keyd ainda precisa setar para vir com tudo no CBLOL?

Jockster: Eu acredito que a gente precise decidir ainda o que vai fazer com esse time, porque não sabemos ainda se eu vou continuar jungle mesmo, se vamos ter dois suportes… ter duas bot lanes é um negócio muito bom, então estamos pensando nisso também ainda. Assim que decidirmos isso, eu acredito que vamos conseguir treinar o que precisamos de verdade para funcionar como um time — que são coisas no mid game, no late game, como a gente vai comunicar, essas coisas que ainda não deu tempo de setar ainda, porque estamos preocupados com outras coisas que estão acontecendo fora do jogo.

Veja também: “Eu quero ser o melhor suporte do Brasil”, diz Luci, novo coreano do Flamengo

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Evelyn Mackus
publicado em 7 de dezembro de 2018

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