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Inseguro: Reflexões sobre o novo Circuito Desafiante

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O ano de 2015 foi o ano mais brilhante do competitivo brasileiro, com uma estruturação gigante e a expansão colossal da qualidade do Campeonato Brasileiro de League of Legends, entregando a centenas de milhares de pessoas uma experiência fantástica.  Dessa forma, o glorioso CBLOL incentiva milhões de jogadores a se dedicarem ao jogo e realizar o sonho de sentar em uma das confortáveis cadeiras do torneio. Contudo, antes da glória, vem a luta.

Longe dos holofotes e da produção de qualidade, o Circuito desafiante sofreu incontáveis reclamações no ano de 2015, desde atrasos enormes até a alteração nos times da promoção devido a dificuldades em manter jogadores. Tendo isso em mente, a Riot games anunciou um novo modelo para o Circuito no ano de 2016, que pode ser conferido aqui: http://cblol.com.br/noticias/ece95c32-5ff4-4200-8a8e-06ff52b5e79e .

Apesar de oferecer soluções a uma boa parte dos problemas existentes no Circuito, as mudanças propostas ainda não oferecem uma segurança completa aos competidores, repetindo erros que já foram corrigidos em outras regiões e incentivando a reprodução das mesmas falhas.

O fantasma do DDOSaa

 Em 2015, a equipe Denial, famosa por conter o jogador Wickd, era uma forte concorrente ao título da Challenger Series EU, o circuito desafiante europeu. Em uma semifinal contra a Dignitas EU (Atualmente membro da LCS EU, sob o nome de Follow Esports), a equipe havia empatado a série em 1×1, e o jogo de desempate deveria ser a partida que definiria todo o ano dos jogadores, visto que uma vitória garantia a classificação para o torneio de promoção da LCS EU. O que prometia ser um grande jogo acabou sendo patético, com a equipe de Wickd tendo que abandonar a partida devido ao fato de que um de seus jogadores estava sofrendo com problemas na conexão devido a um ataque DDOS. Assim, o trabalho de meses era destroçado simplesmente pela baixa proteção contra ataques DDOS.

Por mais trágico que seja, o problema enfrentado pela Denial é apenas um caso dentre dezenas, e dessa forma a existência desses ataques, junto a baixa proteção oferecida pela empresa nesses casos, estraga completamente o espetáculo. Além das consequências claras pra competição, ao alterar o resultado, a existência dos ataques DDOS promovem a ocorrência de inúmeros pauses dentro do campeonato, fato que deve continuar ocorrendo dentro do circuito desafiante 2016.

Oferecer uma proteção adequada nem sempre é possível ou é garantia de sucesso absoluto, contudo existe uma maneira simples de garantir que esses eventos não aconteçam durante a fase mais importante do campeonato: a utilização do estúdio do CBLOL na fase eliminatória.

Experiência e garantiasJAYOB E-Sports

 Realizar todo o circuito desafiante no estúdio do CBLOL é uma completa ilusão, as equipes não tem estrutura para isso e essa demanda ainda não existe, contudo dentro da fase eliminatória, realizar as partidas dentro do estúdio da Riot seria uma fonte de garantias e segurança.

Além de combater aos já comentados problemas recorrentes no Circuito desafiante, como os atrasos e os casos de DDOS, a realização de parte do evento dentro do estúdio promove experiência e vitrine aos jogadores.

 Atrasos e dificuldades com a conexão

  Atrasos comprometem o espetáculo brutalmente, retirando o interesse dos espectadores e forçando horas de conversas desconfortáveis por parte dos narradores. Longe de ser exclusividade brasileira, os atrasos infelizmente são uma constante nos circuitos desafiantes pelo mundo, contudo com a instabilidade dos serviços de internet no Brasil esses problemas acabam sendo mais recorrentes em nosso território.

            Lidar com atrasos é uma questão delicada e tem de ser feita de forma compreensiva, visto que muitas vezes os motivos estão além das capacidades do jogador. No CBLOL existe a possibilidade de Remake se um problema ocorrer antes de determinadas ações, estender essa segurança ao Circuito Desafiante, e possibilitar a substituição de jogador em caso de problema com a internet/DDOS, seria uma maneira de dar mais uma garantia ao espetáculo.

Qualidade da transmissão

            Em meio a possibilidade atrasos, ataques DDOS, falhas na conexão, problemas com o cliente de torneio e tantos outros elementos que podem vir a atrapalhar o andamento do torneio, uma transmissão realizada com preparo e qualidade é fundamental para o sucesso do circuito desafiante e a manutenção do público.

            A Xtreme League, responsável pela transmissão em 2016, precisa oferecer um material de qualidade, com entrevistas e depoimentos dos jogadores, com algum tipo de material na espera em caso de problemas com atrasos, além de uma disposição a analisar os jogos com a mesma proposta realizada dentro do CBLOL. As narrações cansativas, as conversas desgastantes em que os casters e a falta de elementos como replay ou análises não são mais aceitos em 2015/6, onde uma grande evolução na transmissão do esporte eletrônico já foi comprovada.

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Janela de transferências

Assim como existe dentro do CBLOL, a criação de uma janela de transferências para o circuito desafiante seria muito bem vinda, evitando os problemas que comprometeram a participação de equipes como a Ownerd dentro da competição. É bem provável que esse mecanismo já exista dentro da competição no ano de 2016, mas como nenhuma informação referente a isso foi confirmada, é importante promover a discussão do tema.

Preparando para o futuro

A LCS NA e a LCS EU já demonstraram quais serão os próximos grandes desafios para os times do circuito desafiante, qual seja, a grande dificuldade em conciliar os interesses das organizações, jogadores e possíveis novos investidores. Ainda que não seja uma realidade concreta no Brasil, as diretrizes para esse tipo de problema já devem começar a aparecer no ano de 2016, evitando maiores confusões.

O Circuito Desafiante promete muito em 2016, mas para manter sua evolução e saúde, ainda precisa trabalhar alguns elementos.

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Beavis
publicado em 26 de novembro de 2015

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