Pela segunda vez em sua carreira, Alef “tatazin” Pereira soltou o grito de campeão da Gamers Club Masters. Presente também na conquista da edição de 2018, o jogador de 25 anos ajudou a paiN Gaming a vencer a DETONA Gaming no último domingo (30), na grande decisão do major brasileiro, que ocorreu em Sorocaba.
“É incrível vencer a GC Masters pela segunda vez, é um absurdo. Esse campeonato a gente chega aqui com muita garra, é como se fosse um major mesmo para nós e chegamos muito preparados para ganhar. Sabíamos que tínhamos que se provar nesse campeonato, desde o início no ano não estamos tendo resultados consistentes, só começamos a ter resultados melhores nesses últimos meses e temos muito a crescer ainda. Acredito que no segundo semestre a gente consiga dominar o Brasil”, comentou o jogador em entrevista ao Mais Esports.
MUDANÇAS NA LINE-UP EM 2019
A paiN Gaming está aos poucos retornando ao topo do cenário brasileiro de CS:GO. Após as saídas de Denner “KHTEX” Barchfield, Lucas “destiny” Bullo e posteriormente Maxcel “maxcel” Rocha da line-up, o time decidiu apostar em novos talentos e contratou os jovens Rodrigo “biguzera” Bittencourt e Arthur “f4stzin” Schmitt. De início, os resultados não estavam aparecendo, porém com o passar do tempo o quinteto passou a evoluir drasticamente e hoje já conta com três títulos em 2019, entre eles o mais importante do Brasil, a Gamers Club Masters III.
Mesmo com a crescente da paiN, tatazin acredita que a line-up ainda tem muito para aprender e evoluir.
“Eu acho que a line-up ainda não encaixou 100%. Falta muita coisa ainda, não é só porque ganhamos esse campeonato que estamos perfeitos, acho que falta muita coisa para melhorar. Com certeza estamos no caminho certo e estamos procurando evoluir cada dia mais”, afirmou.
A FINAL DA GC MASTERS CONTRA A DETONA
Para chegar no topo do pódio da GC Masters III, a paiN teve que encarar a DETONA Gaming. Os pitbulls eram os grandes favoritos para levantar mais um troféu em 2019 e inclusive haviam chegado de forma invicta na final da competição.
A série teve início na Nuke, onde a paiN saiu na frente ao vencer o mapa por 16-11 em um confronto equilibrado.
“Sabíamos que a Nuke seria um mapa forte nosso, os times brasileiros não tem uma Nuke muita boa. O PKL como nosso capitão consegue ler muito bem o jogo, então ele acaba deixando a gente jogar mais solto e acabamos entendo tudo que está acontecendo no mapa. Antes do torneio, ele virou para nós e falou que iríamos jogar muito Nuke nesse campeonato”, falou.
Com a liderança na série, a paiN acabou sendo derrotada pela DETONA na Dust 2 pelo mesmo placar de 16-11.
“A Dust 2 é um mapa que não estávamos treinando muito. Sabíamos que eles iam escolher esse mapa contra a gente e tivemos que improvisar algumas coisas. Quando o maxcel ainda estava conosco, eramos muito bons no mapa, mas quando ele saiu acabamos perdendo um pouco o clima e decidimos focar em outros mapas”.
Com o confronto empatado, o terceiro e decisivo jogo aconteceu na Inferno. O mapa foi o mais equilibrado da série, com a partida sendo decidida somente na prorrogação. Com o placar empatando em 15-15, a paiN cresceu e venceu a série após aplicar um 19-16 na DETONA, garantindo seu segundo título de GC Masters.
“Quando jogamos na Inferno contra a Team Reapers ainda nos grupos, viramos de TR perdendo por 11-4 e acabamos virando o jogo para 16-13. Depois desse resultado, pegamos muita confiança nesse campeonato e sabíamos que iríamos ganhar da W7M e depois da DETONA na Inferno”, acrescentou.
O FUTURO DA PAIN GAMING
Com o troféu da GC Masters III agora na prateleira, a paiN Gaming tem pela frente a nova temporada da Gamers Club, os jogos da Brasil Game Cup e a ESEA Open. Perguntado do que se pode esperar da paiN nesse segundo semestre, tatazin afirmou que pensa em dominar o Brasil para depois poder ir competir no exterior.
“Nesse segundo semestre queremos dominar o Brasil. Não é só porque vencemos uma GC Masters ou três campeonatos que já podemos pensar em ir para fora do Brasil. Precisamos dominar aqui primeiro e ganhar o máximo de campeonato que der e ver que realmente conseguimos ir lá para fora. Acho que ainda não estamos preparados para isso, precisamos pegar mais confiança igual a FURIA fez e igual quando eramos a Wild”, finalizou.