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CS:GO: Jnt sobre vaga da Sharks nas finais da ECS “É muito bom voltar a uma lan dessas, estava com saudades”

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Após quase um ano sem competir em uma lan internacional do mais alto nível de CS:GO – a última havia sido a ESL Pro League S8 -, a equipe brasileira Sharks Esports está de volta aos grandes palcos do Counter-Strike. Com um elenco reformulado e competindo nos Estados Unidos, Jhonatan “jnt” Silva e seus companheiros venceram a Cloud9 nesta quarta-feira e se classificaram para as finais da ECS S8, torneio que acontecerá no Texas com uma premiação de 500 mil dólares.

“É muito bom voltar a uma lan dessas, estava com saudades. Não esperava que nossa evolução fosse tão rápida, ainda temos muito o que trabalhar, porque não adianta chegar no campeonato só para passear, temos que trabalhar para chegar lá e fazer bonito. Temos que tentar seguir os passos da FURIA, que chegou na final da ECS S7, e espero ser campeão”, comentou jnt em entrevista ao Mais Esports.

AS MUDANÇAS NA LINE-UP E A DECISÃO DE JOGAR NA AMÉRICA DO NORTE 

Após a eliminação no minor americano do StarLadder Berlin Major, a Sharks sentiu uma necessidade de mudar seu elenco e colocou nak e RCF no banco de reservas. Na opinião de jnt, independente do resultado que acontecesse em Berlim, as trocas seriam feitas de qualquer maneira por decisão da organização.

“Eu acredito que a organização já tinha esses planos [de mudar] mesmo ganhando a vaga. Independente disso nenhuma pressão foi colocada em cima de nós jogadores durante o minor e antes do torneio não havia nenhum indício de que teríamos mudanças na line-up”, afirmou.

Para os lugares de RCF e nak, a Sharks decidiu contratar dois jogadores argentinos, o prodígio Ignacio “meyern” Meyer, que estava na Isurus, e Luca “Luken” Nadotti, que vinha representando a 9z.

“Nós fomos para o mercado procurando jogadores brasileiros e argentinos, só que o mercado estava muito difícil, as multas estavam muito altas e teve um pessoal que não se interessou pelo projeto. Fomos primeiro no meyern, ele teve interesse e todo mundo sabia do potencial dele, já tínhamos tomado muito bala dele e a escolha foi certeira”.

“Já o Luken estávamos buscando um quinto, não estava fácil de encontrar e ele foi indicação do meyern. Talvez a comunicação no começo fosse um problema, mas nada que a gente não pudesse trabalhar. Eles jogavam bastante no Brasil e já sabiam se comunicar mais ou menos em português. Até agora está tudo bem tranquilo”, acrescentou.

Além de mudar seu elenco, a Sharks também decidiu tomar outra decisão importante para o futuro de sua equipe. Visando o desenvolvimento de seus jogadores, a organização passou a competir nos Estados Unidos ao invés da Europa, onde seus atletas sofriam com problemas de ping e internet.

“Com certeza hoje eu optaria competir na América do Norte no lugar da Europa. Quando fomos para o EU pela primeira vez, achávamos que ia ser fácil, só que além dos times de lá serem muito fortes, a localização era um problema. Como estávamos em Portugal, que é um pouco mais afastado, tínhamos bastante desvantagem de ping e acredito que esse foi o fator principal para não termos mandado tão bem no período que estávamos no exterior. Aqui no NA jogamos de igual para igual com qualquer um nesse quesito”, disse.

PAPEL DE IN GAME LEADER E POLÊMICA DA PRO LEAGUE

Com a saída de nak da line-up, jnt assumiu o papel de in game leader pela primeira vez em sua carreira. Para o jogador da Sharks, esta mudança não está sendo fácil, porém ele acredita que com o tempo as coisas vão melhorar.

“Não está sendo fácil, é muito diferente você jogar o seu jogo pensando sempre no time mas tendo que ficar focado também no seu jogo. Você tem que ficar pensando sempre no jogo da equipe, o que seu time pode fazer, como o outro time está financeiramente, qual tática vai encaixar para aquele momento e é uma coisa que eu estou aprendendo ainda. Não posso dizer que já sou bom fazendo isso mas também não é um bicho de sete cabeças”, afirmou.

Logo que chegou aos Estados Unidos, a Sharks protagonizou um momento polêmico na visão dos torcedores. Driblando uma regra, a equipe brasileira conseguiu disputar o qualificatório LATAM norte e ficou com a vaga para a ESL Pro League S10. Na visão de jnt, seu time não fez nada de errado de acordo com o regulamento e afirmou que a Sharks consultou a ESL diversas vezes antes de tomar a decisão de competir na seletiva.

“Esse era um campeonato que todo mundo podia jogar, quero deixar claro que não burlamos nenhuma regra. Nossa organização foi falar com a ESL sobre o porquê de não estar tendo um qualificatório SA para a Pro League, ela conversou com todo mundo da ESL sobre isso e pediu autorização para a gente competir alegando que não fazia sentido tirar essa vaga da América do Sul e que esse qualificatório LATAM norte tinha que ser aberto para todos. Acho que o diferencial da gente para os outros times é que ninguém correu atrás dessa vaga. Eles autorizaram, avisaram a gente e a gente foi jogar”, comentou.

FUTURO DA SHARKS

Com a vaga na Pro League S10 e na ECS S8 Finals, o calendário da Sharks neste segundo semestre começou a tomar forma. Além das lans, a equipe brasileira também deve jogar mais qualificatórios online para outros torneios internacionais visando evoluir cada vez mais.

“Para chegarmos no topo precisamos vencer campeonatos, você não chega lá sem vencer. Eu acredito que assim que estivermos com a comunicação 100%, com nossas táticas bem trabalhadas e com cada um evoluindo em seus respectivos papéis nós vamos melhorar. Ainda não tivemos muito tempo de treino juntos, temos menos de um mês com essa line-up. Você não fica bom sem jogar”, finalizou.

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Pedro Mitke
publicado em 3 de outubro de 2019

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