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CS:GO: Bit comenta fase da T1 e destaca b4rtin: “Como se fosse eu com meus 16 anos”

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bit, da Team One, durante o minor americano do StarLadder Berlin Major (Foto: StarLadder)

A Team One desembarcou nos Estados Unidos em fevereiro de 2018. Desde então, a equipe ainda não conseguiu se garantir na elite das disputas online e tão pouco disputar os principais torneios internacionais na lan.

Para Bruno “bit” Lima, capitão e membro do time desde setembro de 2018, há uma pressão por resultados – mas ela não vem de fora.

“Falo por mim: não é uma pressão, algo que atrapalhe, mas eu tenho uma pressão pessoal, que são objetivos que temos e não estão sendo alcançados”, afirmou bit em entrevista ao Mais Esports durante o Encontro das Lendas.

“Perdemos para a FURIA por 2 a 1 na MDL, era um jogo que poderia nos dar vaga para a Pro League. Isso vai afetando, fazendo você repensar maneiras de treino e várias outras coisas. Não é uma pressão que atrapalhe, é mais uma noção de que, pelo tempo que a gente está [nos Estados Unidos] deveríamos estar num patamar mais alto”, completou.

De acordo com bit, a Team One tem ciência do que é necessário para conseguir evoluir, mas há obstáculos.

“Na teoria, todo mundo sabe muito fácil do que precisa ser feito, o que é necessário. Mas, quando você põe em prática, há muitas coisas que precisam estar funcionando para que você consiga evoluir, tanto em tática quanto em individual e psicológico. É uma combinação de várias coisas que faz com que os times evoluam e melhorem. Claro que temos uma noção, mas é difícil você realmente ter 100% de certeza sempre. O jeito é tentar coisas novas e fazer seu máximo para que tudo dê certo”, cravou.

MINORS

Nesse período, bit classifica as campanhas dos minors da IEM Katowice e do StarLadder Berlin Major como os mais decepcionantes. Nas duas ocasiões, a Team One não conseguiu progredir para a disputa dos mundiais de Counter-Strike: Global Offensive.

“No primeiro a gente não passou para os playoffs por muito pouco e no último não jogamos bem, não tivemos os resultados que a gente esperava. Os treinos estavam indo muito bem, fizemos um bootcamp muito intenso e tinha expectativas muito altas. Foi um pouco desapontante e agora é repensar e voltar mais forte para a próxima temporada”, contou.

O jogador explica que, para o torneio em Berlim, a equipe estava bastante confiante num resultado positivo, mas faltou “de tudo um pouco”.

“[Faltou] a preparação um pouco melhor, talvez jogamos muito mais do que deveríamos em questão de quantidade, poderíamos ter focado em outras coisas. Faltou um pouco de experiência também, foi o primeiro campeonato do b4rtin em lan. Para quem joga CS e já passou um dia por essa situação sabe que não é fácil. Eu e todos os jogadores já passamos por isso. Tem que ter uma bagagem, ou algumas partidas pelo menos”, afirmou o capitão.

“Infelizmente começamos perdendo e não conseguimos dar o ritmo para o b4rtin começar a se soltar e jogar bem, foi tudo muito rápido. Faltou um pouco de cada coisa e agora precisamos seguir em frente, porque o time estava evoluindo”, completou.

HISTÓRIA PARECIDA

Em meio aos resultados nem tão satisfatórios, porém, Bruno “b4rtin” Câmara tem sido uma grata surpresa. Contratado em março junto da Team Reapers, o jogador de 17 anos conta com um rating de 1.10 nos últimos três meses – sendo superado apenas por Alencar “trk” Rossato, com 1.13.

Apesar da pouca idade e da falta de feitos relevantes, b4rtin chamou a atenção da Team One durante os testes para definir o substituto de Nicolas “NikoM” Miozzi no primeiro semestre.

“Fizemos uma seletiva, jogamos com alguns jogadores e vimos que ele tinha uma voz ativa, tentava se comunicar e criar jogadas. Quando ele chegou lá a gente se surpreendeu, ele é realmente muito bom. Ele tem um futuro brilhante”, afirmou bit.

Veterano, bit conta que b4rtin o faz lembrar dos tempos de Counter-Strike 1.6 – quando ele era uma das principais promessas do Brasil.

“Eu vejo ele como se fosse eu com meus 16 anos. Ele realmente quer jogar CS o dia inteiro, joga DM, retake, quer treinar, fazer de tudo relacionado a CS. Isso é basicamente a história da minha vida, é bem legal isso”, finalizou.

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Roque Marques
publicado em 17 de agosto de 2019

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