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CS:GO: “A sensação foi como a de ganhar o major”, comenta arT sobre vitórias contra a Astralis

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Não é novidade para ninguém que a FURIA Esports teve uma crescente meteórica durante 2019. O início do ano marcou a primeira participação da organização em um major – IEM Katowice -, e, de lá para cá, o time brasileiro evoluiu ao ponto de ser considerado o quinto melhor do mundo. Dentre as boas performances, duas se destacam: a DreamHack Masters Dallas e as finais da ECS Season 7, torneios onde os panteras chegaram em terceiro e segundo lugar respectivamente.

O dia 6 de junho de 2019 foi um marco na carreira de Andrei “arT” Piovezan e de seus companheiros. Nessa data específica, os panteras estrearam nas finais da ECS S7 contra a Astralis, uma das melhores equipes de CS:GO do mundo. Considerada por muitos como a maior line-up da história do jogo, o quinteto dinamarquês foi derrotado pelos brasileiros em um apertado 16-14 na Nuke, o melhor mapa de Nicolai “dev1ce” Reedtz e companhia.

“Sabíamos que seria Nuke desde que o nosso confronto foi anunciado, então quando chegou o dia já estávamos preparados. A DreamHack Master Dallas deu um empurrãozinho na gente, mas sempre tentamos entrar com o máximo de confiança possível”, comentou arT em entrevista ao Mais Esports.

O SEGUNDO JOGO CONTRA A ASTRALIS

Na rodada seguinte da ECS, os brasileiros acabaram perdendo para os norte-americanos da NRG por 2 a 0. Com o resultado, a FURIA teria que voltar a entrar no servidor contra a Astralis, dessa vez em uma md3 valendo a última vaga para os playoffs. Em uma série extremamente disputada, arT e seus companheiros voltaram a bater os dinamarqueses, dessa vez por 2 a 1.

Com a vitória de virada na série, a FURIA avançou para o mata-mata da competição, eliminando a Astralis, que não caia na fase de grupos em um torneio há mais de um ano. O triunfo dos brasileiros sobre os dinamarqueses consolidou a organização no topo do cenário mundial de CS:GO e o sentimento disso tudo foi como vencer um major para o awper.

“Acho que já virou tradição para nós perder o primeiro mapa e ganhar os outros dois (risos). Isso já aconteceu conosco algumas vezes, então fica mais fácil de resetar o mindset e voltar para o segundo mapa. A sensação de vencer a Astralis em uma md3 foi como a de ganhar o major, foi um grande marco na carreira”, falou.

A FINAL DA ECS

Com a vaga no mata-mata garantida, a FURIA teve que encarar a North nas semifinais da competição. Em mais uma boa performance da equipe brasileira, arT e companhia avançaram para a decisão do torneio, vencendo a série por 2 a 0.

Na decisão, os brasileiros enfrentaram a Team Vitality. Uma semana antes, a FURIA havia batido os franceses na DreamHack Masters Dallas por 2 a 0, porém dessa vez as jogadas pareciam não estar encaixando e o título acabou não vindo. Para arT, a experiência dos adversários em lans internacionais pesou bastante.

“Eles são um time forte, mais preparado e experiente com esse nível de torneio, para mim não foi surpresa nenhuma [o triunfo da Vitality]. Eles se prepararam muito para esse confronto e jogaram muito bem, se ganhássemos algumas rodadas chaves na Inferno poderia ter sido outra final”, adicionou.

A MELHOR EQUIPE BRASILEIRA DO MUNDO

Com a crescente da FURIA e com a falta de títulos e resultados expressivos da MIBR, comparações eram inevitáveis. Pela primeira vez na história do ranking da HLTV, Gabriel “FalleN” Toledo e seus comandados não aparecem como time nacional mais bem colocado, dando lugar para a equipe de arT, que está na quinta posição geral.

Perguntado se a FURIA hoje é o melhor time brasileiro do mundo, arT manteve os pés no chão, afirmando que acredita que sua equipe ainda precisa mostrar mais consistência nos próximos torneios para ser considerada melhor do que a MIBR. Ele ainda comentou que não esperava uma ascensão tão rápida ao topo do cenário mundial.

“Não esperava essa ascensão tão rápida, até porque não esperava estar jogando tantos torneios tier 1 na lan como estamos jogando, ainda mais com o desempenho que estamos tendo. Eu não acredito que CS seja tão preto no branco assim, de ficar afirmando que um time é melhor que o outro, não são resultados recentes nem apenas um confronto entre nós que vai definir isto. Para a gente ser considerado melhor que a MIBR ainda precisamos nos provar mais e criar uma constância de resultados nos próximos torneios”, acrescentou.

O FUTURO DA FURIA

Após o fim da ECS em Londres, a FURIA retornou para a América do Norte, onde garantiu sua vaga no minor das Américas do StarLadder major Berlim, torneio que acontecerá em julho na Alemanha.

Com a vaga no minor garantida, a equipe brasileira agora tem pela frente mais duas lans internacionais, a Moche XL em Lisboa, Portugal, e a ESL One Cologne 2019, também na Alemanha. Segundo arT, a preparação para os próximos compromissos está intensa e o awper garantiu que poderemos ver a FURIA com uma grande vontade de vencer.

“Iremos rever nossas partidas recentes, nós temos muito conteúdo e ideias que desenvolvemos ao longo desses dois torneios que ainda não colocamos em prática. Vamos melhorar muita coisa, mas com certeza podem esperar a mesma FURIA agressiva e com vontade de vencer tudo”, finalizou.

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Pedro Mitke
publicado em 15 de junho de 2019, editado há 5 anos

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