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Após as lágrimas, aonde está o Brasil no competitivo?

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A Derrota machucou. A final entre Beskitas e INTZ pelo International Wildcard  Invitational (IWCI) pode não carregar a conotação humilhante do 7×1 na Copa do Mundo nem a completa dominação por parte da equipe adversária como foi com os brasileiros na IEM San Jose, mas ela representou um momento importante para o cenário brasileiro de League of Legends, o momento de repensar algumas coisas e colocar os pés no chão.

Antes do IWCI era consenso na comunidade internacional do competitivo  que o Brasil era a região do WildCard que mais se desenvolveu, e por isso era tida como favorita absoluta para o torneio.Essa confiança na região brasileira se iniciou com as primeiras notícias sobre a chegada de Coreanos aqui, ganhou  força na tranquilidade com que a região conquistou sua vaga no mundial do ano passado e explodiu quando a KaBuM milagrosamente venceu um jogo e definiu o destino da Alliance. A contratação de dois atletas da elite do competitivo coreano, e a derrota deles na Final do CBLOL, apenas serviriam para aumentar a certeza de que o Brasil é o maior dos WildCard e atropelaria a todos na competição.

A ideia de que o Brasil estava em um espaço único, superior as outras regiões do Wildcard e ainda inferior as Major Regions, tremeu violentamente após o torneio, e agora?

Entendendo o Desastre

Não, não foi o celular. O resultado da competição foi definido por muitos fatores, o nervosismo dos jogadores ao atuar na frente de uma torcida apaixonada certamente foi um deles, mas é importante avaliar outras coisas.

Sim a viagem cansativa e o calendário apertado complicaram a condição física dos jogadores, mas mais do que tudo complicaram o preparo.Para começar o campeonato foi disputado no patch 5.7 ( A final do CBLOL foi no  5.6), mas o que realmente pesou foi a dificuldade em se preparar para as outras equipes, ficou evidente na competição que nenhuma das equipes se conhecia intimamente (Literalmente baniram o Nunu do Revolta) e apenas assistiram  um que outro jogo de suas rivais.

O ambiente de treinos no Brasil também não favoreceu a INTZ, e não é de todo errado supor que nosso nível naquele momento era inferior ao nível durante a temporada regular. A impossibilidade de treinar contra KBB(Viajando antes das finais), Keyd (Adversária nas finais), CNB ( Ainda fazendo tryouts na época) e Pain ( Sem o toplaner definido na época) acabaram resultando em scrims que não tinham a mesma qualidade das anteriores, ainda que a INTZ tivesse a vantagem de treinar contra a boa equipe da INTZ Red.

A junção de todos esses fatores acabou resultando em um campeonato muito mais complicado do que o esperado, não foi só no primeiro dia que tivemos dificuldades, assim que as equipes de qualidade obtiveram mais informações sobre a INTZ os jogos foram se complicando, basta ver a dificuldade no nosso Draft na terceira partida na semifinal.

 O Futuro

 Pode ter sido um descuido.Aquele tipo de coisa que acontece quando uma equipe favorita enfrenta a da casa, ou ainda aquele tipo de jogo em que a equipe inferior em qualidade acaba se superando e saíndo com a vitória (Lebram da Kabum?) mesmo sabendo  que em 10 MD5 que esses times se enfrentassem, em 9 a equipe de maior qualidade saíria com o campeonato.

Fato é que aconteceu, e o que nos resta é se preparar para o próximo. O competitivo brasileiro aos poucos vai se consolidando, nós vimos em 2015 a INTZ e a Kabum Black se firmarem no competitivo, mas as outras regiões também crescem e merecem ser respeitadas.

Os comentários sobre uma vaga direta no mundial desse ano se dissiparam, pelo que foi demonstrado, ainda não merecemos essa vaga .Ainda assim, o que realmente importa é a experiência, e é justamente por isso que o wildcard que será realizado antes do mundial não deveria ser realizado no mesmo formato que ano passado.

É injusto com as equipes do LATAM tenham de enfrentar uma região muito mais desenvolvida como é a nossa, o último resultado nesse  confronto foi um stomp absurdo da INTZ em 18 minutos.Esse tipo de competição, com apenas uma MD5 entre os campeões das duas regiões, agregaria pouco em termos de experiência para as duas equipes,enquanto  um novo torneio entre todas as regiões wildcard seria bem mais justo e garantiria que apenas as melhores equipes das regiões Wildcard fossem representadas no mundial.

Saímos abalados com a derrota, mas nosso desenvolvimento continua acontecendo.Não será hoje nem num futuro tão próximo, mas ainda chegaremos frente aos campeões e teremos nosso valor reconhecido.

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Beavis
publicado em 29 de abril de 2015, editado há 9 anos

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