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A GOATS morreu? – Análise do Patch 1.32

Overwatch
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PTR, algum dia desses. Testes e mais testes sendo feitos por jogadores do mundo todo. A resposta? “Não”. A pergunta? Indagações de muito tempo sobre o falecimento de uma certa composição citada várias e várias vezes em todo ambiente competitivo de Overwatch: GOATS.

Levemente felizes porém cabisbaixos, os que esperavam a radicalização do meta ainda não tinham tido sua súplica correspondida no Patch 1.31, uma vez que a peça mais importante do quebra-cabeça – Brigitte – ainda tinha muita lenha para queimar na tática com três tanques, Lúcio e Zenyatta. Porém, isso mudou. Ou, ao menos, está a caminho de mudar. Conheça a Atualização 1.32, que já chegou ao servidor live e pode ser um ponto final no caso da famigerada cabra. Ou zabra. Flabra. Ou até mesmo dabra, em tradução livre do inglês.

“Poético, Tonello, mas… o que realmente muda?”
Para acompanhar e ler com calma todas as mudanças descritivamente, sugiro acessar as Notas da Atualização 1.32 do PTR. Com isso em mente, tratarei dos principais impactos trazidos com o patch que será utilizado na Overwatch League!

Primeiramente, a armadura não será mais tão forte. Basicamente, a matemática da armor dizia que, para qualquer dano acima de 10 de Vida, tal dano era reduzido em 5. E, para danos abaixo de 10, tais danos eram reduzidos pela metade.

Ou seja: Heróis com armas que disparam muitas balas eram bastante afetados, pois o dano é calculado bala por bala. Era o caso de Tracer, Sombra, Hammond, Reaper (cada estilhaço da escopeta tem o dano calculado individualmente), Roadhog, Soldado etc.
Embora a redução pareça leve, é potencialmente 40% a mais de dano que será aplicado em heróis com parte de sua vida composta de armadura. E quem são eles, em sua maioria? Tanques.

Somente com esta mudança o jogo pode mudar por completo. Composições de Dive se tornam muito mais efetivas, justamente pois a armadura era um dos principais impedimentos para o início de um bom ataque e finalização de eliminações com tal tática. Estratégias de Bunker, como Orisa e Roadhog/D.Va defendendo estaticamente, também ganham mais força com a nova armadura, justamente pois o Cavalão Ômnico e o Porco possuem habilidades próprias que reduzem dano independentemente da mudança na armadura.

Além disso, Hammond, o famoso Rato, Bola, Hamster etc, fica mais poderoso em termos de dano. Muito mais poderoso. E isso pode fazer com que apareça mais frequentemente para acompanhar aquela mobilidade delícia que acaba com qualquer retaguarda!

Vale lembrar que outra mudança impactante é o tempo de recarga maior no uso da Matriz da D.Va. Mecanicamente dotados na arte de engolir supremas adversárias permanecerão sabendo o tempo correto de abrir a matriz. Entretanto, parar combos e jogar reativamente pode ser mais difícil e a janela para início de boas lutas focando um alvo prioritário fica maior. Com isso, haja combinação de supremas!

“E o Reaper, Tonello? Tá roubadasso, aff.”

É… Não tanto. À primeira vista impressiona, com certeza. Mas seu altíssimo roubo de vida, assim como sua habilidade suprema, podem ser facilmente parados por controles de grupo bem colocados . Portanto, em situações de jogos ranqueados ou até mesmo naquele Quick Play nosso de cada dia, o Ceifador pode desabrochar fulminantemente, principalmente quando conta com aquela velocidade show do Lúcio aliado.

Porém, em jogos competitivos profissionais, dificilmente verá jogo constantemente. Talvez a principal função do Reaper competitivamente seja o papel de arqui-inimigo hipotético da GOATS. O chupa-cabra, praticamente. Se tiver GOATS, pode aparecer. Caso contrário, fica lá como potencial resposta imediata.

E falando em GOATS: Ela morreu?

Hmm… Não. E nunca morrerá enquanto Brigitte permanecer no jogo. Muito tempo foi colocado em uso para teorizar e treinar a composição. O nível mais profundo de aprimoramento dos times em utilizar a tática foi alcançado. Portanto, a estratégia permanecerá no repertório de qualquer time profissional.

Entretanto, por conta das mudanças em armadura, na suprema da Brigitte que agora dura somente 30 segundos após acabar de ser distribuída aos aliados e em seu kit de habilidades de maneira geral, a probabilidade maior é que a GOATS desapareça gradativamente com o início da Overwatch League. Alguns times ainda gostarão da estratégia, assim como as equipes majoritariamente europeias sempre curtiram aquela carne extra em suas composições. Porém pouco a pouco ela deve ser respondida à altura e usada situacionalmente em pontos, trechos, mapas e ocasiões propícias, de maneira efetiva e balanceada.

E a Brigitte em si deve aparecer muito em composições com McCree para anti-Dive, principalmente se tal modalidade de jogo com altíssima mobilidade for protagonista de muitas partidas novamente.

E, finalmente, como ficam os outros suportes?

Basicamente, como o dano será maior a tanques, o trabalho dos suportes será mais complicado. Mas, em compensação, suas supremas serão carregadas mais facilmente. Mercy pode aparecer mais, devido à possibilidade de cura independente da presença de escudos adversários e boa sinergia com Snipers; Ana com Dive é muito boa graças ao estimulante e sua granada biótica; e Lúcio funciona em praticamente todas as composições graças à velocidade.

Somente o Zenyatta é indiretamente nerfado pois não acumula mais a armadura da Suprema da Brigitte embaixo de seu pontos de Escudo – Vida em formato de escudo, no caso. Aquela azulzinha, saca? -, mas permanece extremamente útil e forte. Já a Moira… Pode ter mais dificuldade em ser efetiva com seu kit limitado e focado em cura massiva por um curto período de tempo.

E é isso! Espero que curtam as mudanças e não se esqueçam de já se preparar para a Overwatch League que começa no dia 14 de fevereiro. Aliás, o que acharam da Grande Final da Overwatch Contenders América do Sul? Me dá um salve no Twitter lá contando! Um grande abraço e até semana que vem! :D

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Felipe Tonello
publicado em 26 de janeiro de 2019, editado há 4 anos

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